No AMAZÔNIA:
No primeiro dia após a exoneração de Miguel Wanzeller, os serviços no CPC Renato Chaves funcionaram quase normalmente. A paralisação anunciada por ele não ocorreu. No entanto, com a saída de funcionários que ocupavam cargos de confiança, o atendimento ao público ficou mais lento. As reclamações de quem procurou o Centro foram muitas.
Segundo um funcionário que não quis se identificar, 'o problema é que ninguém sabe quem é chefe de quem mais aqui', disse. Ele reclamou ainda do número reduzido de funcionários. 'Onde deveriam estar seis pessoas trabalhando estão apenas duas, ou seja, não tem condições, é preciso contratar urgente', ressaltou.
Na recepção, apenas uma estagiária e um funcionário tentavam organizar as demandas do dia. Mesmo assim não conseguiram conter as reclamações. 'Vim aqui atrás do resultado de um laudo. Já me mandaram para vários locais e ainda não consegui sequer uma explicação sobre para onde tenho que me dirigir realmente', disse o contador Ricardo Tavares.
Para a dona-de-casa Valmira dos Anjos, que foi ao local para fazer um exame de corpo de delito, o maior problema era a falta de informação. 'Estou aqui há pelo menos meia hora e ainda não consegui falar com ninguém. Quando cheguei não havia nenhum funcionário na recepção, não estão entregando senha e não sei quando ou se vou conseguir ser atendida', disse.
Se na sede do CPC, em Belém, o funcionamento estava confuso, nas unidades de Santarém, Marabá, Bragança e Castanhal o atendimento estava normal. 'Aqui estamos trabalhando normalmente. Não paramos nem na greve e nem agora, porque o nosso compromisso é com o atendimento à população', ressaltou um funcionário do CPC de Castanhal, que não quis se identificar. Ele informou não saber nem mesmo se ainda é titular do cargo que ocupa, mas ainda assim permaneceria em suas funções até segunda ordem. 'Depois disso (da saída de Wanzeller) ninguém sabe como é que vai ficar, mas enquanto isso estamos trabalhando normalmente por aqui. As perícias estão nas ruas atendendo aos mais de 51 municípios dos quais Castanhal é a sede', garantiu.
Reunião - O ex-diretor do CPC, Miguel Wanzeller, não esteve na sede do órgão na manhã de ontem. Na portaria, quem perguntava por ele era informado que já não trabalhava mais no local. Wanzeller também não atendeu ao telefone e se manteve em silêncio durante toda a manhã.
Já o novo diretor, nomeado para ocupar o cargo interinamente pela governadora Ana Júlia Carepa, Raimundo Humberto Sena de Oliveira, segundo informações no CPC, passou a manhã em reunião.
Sobre as denúncias do ex-diretor de que o novo diretor responde, juntamente com outros funcionários do CPC, a uma sindicância (de nº 008/2008) na Corregedoria Geral do CPC Renato Chaves que determina a instauração de um processo administrativo disciplinar para apurar indícios de repasse e recebimento ilegal de recursos referentes ao convênio nº002/2004, formalizado entre a Associação dos Peritos Oficiais do Pará (Aspop) e o CPC, o novo diretor se limitou apenas a dizer que tudo será esclarecido em breve.
Nenhum comentário:
Postar um comentário