segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Viatura especial abrirá espaço para demandas dos moradores

No AMAZÔNIA:

O coordenador operacional do programa de segurança comunitária no Pará, coronel Costa Júnior, adiantou que uma viatura especial foi comprada pela PM para fazer incursões na comunidade. 'Os policiais vão passar mais tempo com os moradores, não só resolvendo questões sobre a segurança, mas atendendo a outras demandas da população', explica Costa Júnior. A viatura deve começar a ser utilizada nas incursões da polícia na Terra Firme e Guamá até dezembro.
O veículo, um furgão, já foi comprado e deverá chegar em Belém no início de setembro, segundo o coronel. Ele disse que, desde o ano passado, vem sendo implantado naquela área o projeto 'Guamá, Terra Firme', na forma de segurança comunitária. Para execução do projeto, foram gastos R$ 700 mil em equipamentos. Além do furgão, também foram adquiridos três notebooks, três projetores multimídia, mobílias para a base da segurança comunitária, etc. O dinheiro também será utilizado para readequação funcional de um imóvel de madeira que fica em frente à Seccional Urbana do Guamá. O imóvel funcionará como a base comunitária de segurança, onde os moradores poderão registrar suas reclamações sobre os problemas do Guamá e Terra Firme.
Costa Júnior explicou que a idéia é manter um contato mais próximo com os populares. No furgão, por exemplo, trabalharão três policiais militares, e uma parceria está sendo formada com o Corpo de Bombeiros. 'Enquanto um PM fica dentro do veículo, os outros dois batem na casa dos moradores, se identificam e perguntam quais os maiores problemas enfrentados. A reclamação poderá ser quanto à iluminação pública, saneamento e outros. As reclamações serão elencadas e encaminhadas para as sercretarias responsáveis', disse. Na opinião do coronel, a união entre as secretarias de estado e município são importantes. 'O que acontece no Guamá e Terra Firme é a ausência do Estado, em todas as suas esferas. Por isso, estamos unindo os esforços para da um retorno à população. O nosso sonho é transformar a Terra Firme, criando espaços alternativos de esporte, arte e lazer. Queremos tornar a Terra Firme um espaço seguro de morar, ao contrário do que vemos hoje, pois lá não há teatro, não há praça ou biblioteca. O primeiro emprego é o narcotráfico ou a prostituição. Os próprios bandidos estão se matando por busca de espaço', frisou o coronel Costa Júnior, complementando que a base comunitária de segurança e cidadania vai representar todas as associações de moradores da área, para que tenha força política e possa reivindicar seus direitos.

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