No AMAZÔNIA:
O Paysandu amargou um empate em casa por 1 a 1 com o Águia na noite de ontem. Apesar de atuar na Curuzu lotada, o Papão encontrou dificuldades contra o time aguiano, que assegurou a igualdade nos instantes finais da partida. O time de Dário Lourenço abriu o placar no início do segundo tempo, com Paulo de Tárcio, enquanto o Azulão empatou o jogo aos 40 minutos da etapa final, com Felipe Mamão, em um belo lance de Ciro, que havia acabado de entrar no jogo. O placar gerou vaias da torcida bicolor, que compareceu em peso ao estádio esperando um triunfo contra os marabaenses.
O empate manteve o time alviceleste aos oito pontos no Grupo 25 da Série C, mantendo-se na zona de classificação. O problema é que, na última rodada, domingo, o Paysandu vai encarar o líder Rio Branco-AC (10 pontos), fora de casa, enquanto que o Águia, que está em terceiro, com a mesma pontuação, receberá o já eliminado e desmotivado Luverdense-MT. Ou seja, o Bicolor terá que quebrar dois tabus para chegar ao octogonal final da Terceirona - vencer a primeira partida em mais de dois anos fora de casa e derrubar a invencibilidade do Rio Branco na Arena da Floresta. Missão difícil, mas não impossível.
Outra saída, um pouco menos improvável, seria ocorrer empates nos dois jogos de domingo. Com isso, o Paysandu se classificaria em segundo lugar, enquanto o Águia acabaria eliminado, por causa do saldo de gols. Atualmente, os bicolores têm dois gols positivos, contra três negativos do adversário do interior do Estado.
O jogo - No jogo de ontem, o torcedor do Paysandu que esperava o Águia na retranca se surpreendeu com o que viu em campo. Mesmo atuando na casa do Papão, o time marabaense começou a partida mostrando uma postura ousada, apesar do esquema defensivo armado pelo técnico João Galvão. Embora estivesse escalado com três zagueiros, sem jogador de armação, a equipe visitante tinha três atacantes e foi a primeira a atacar, aos cinco minutos, num chute de Felipe Mamão, que levou perigo à meta de Everton.
Depois desse lance, porém, o Paysandu tomou conta do jogo e quase fez o primeiro, aos 16, quando Paulo de Tárcio arriscou de fora da área e o goleiro Ângelo precisou se esticar todo para mandar para escanteio. Aos 28, foi a vez de Fábio Oliveira forçar o goleiro marabaense a praticar outra grande defesa num chute cruzado.
Com as duas equipes abusando das faltas para parar as jogadas, o jogo ficou nervoso e restrito às intermediárias até o fim da primeira etapa.
No retorno do intervalo, o Paysandu voltou ainda mais determinado a abrir o placar e partiu para o abafa. Com Capixaba e Rico ainda mais adiantados, o time passou a criar mais chances. Aos 11 minutos, Balão recebeu passe de Rico e chutou para fora, passando perto do gol do Águia. Dois minutos depois, Boiadeiro cruzou da direita e Rico, livre de marcação, cabeceou para fora.
Mas aos 18 não teve jeito. Paulo de Tárcio iniciou um contra-ataque na defesa bicolor, lançou Balão, que tabelou com Samuel Lopes e rolou para Mael. O volante deixou a bola passar para a batida do próprio Paulo de Tárcio, que entrou no canto esquerdo de Ângelo, depois de resvalar na trave. Papão 1 a 0.
O Águia, como de costume, não se deu por vencido e partiu em busca do empate, que veio apenas com a intervenção do técnico João Galvão. Aos 38, ele colocou Ciro em campo.
O armador precisou de dois minutos para deixar Felipe Mamão em condições de driblar um zagueiro e bater cruzado no contrapé de Everton, deixando tudo igual e levando a torcida bicolor ao desespero. Antes do apito final, o meia Soares conseguiu ser expulso e o Águia terminou o jogo com menos um em campo.
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