terça-feira, 15 de julho de 2008

Tribunal indicia líder do Sudão por genocídio

Na FOLHA DE S.PAULO:

Em manobra explosiva, o procurador do Tribunal Penal Internacional (TPI) acusou formalmente ontem o presidente do Sudão, Omar Hassan al Bashir, por genocídio, crimes de guerra e crimes contra a humanidade devido ao conflito na região de Darfur, que já deixou 300 mil mortos e 2,5 milhões de desalojados desde 2003.
Bashir, que chegou ao poder em um golpe em 1989, é o primeiro chefe de Estado em exercício acusado pelo tribunal de genocídio, e o procurador, Luis Moreno-Ocampo, pediu ao órgão que emita um mandado para sua prisão. A decisão deverá sair em três meses.
Segundo Moreno-Ocampo, há provas de que o presidente planejou e implementou um plano em Darfur para "destruir os grupos Fur, Masalit e Zaghawa por motivos étnicos". "Temos razões para crer que Al Bashir tem responsabilidade penal" por genocídio, disse.
Membros desses grupos, historicamente influentes em Darfur, se tornaram ativos em uma rebelião contra o governo, o qual acusam de negligenciar e marginalizar a Província em favor de árabes de outras regiões.
Para o procurador, "quando não conseguiu derrotar os movimentos armados, Bashir começou a perseguir as pessoas". "Seus motivos foram largamente políticos. Seu álibi foi a "contra-insurgência". Sua intenção era o genocídio."

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