O Senado aprovou nesta quarta-feira (9) a Medida Provisória 422, que, na  visão dos ambientalistas, pode aumentar a área desmatada na Amazônia.  Os favoráveis ao texto afirmam que a MP  apenas regulariza uma situação já existente.
O projeto amplia de 500 para até 1,5 mil hectares a área que pode ser  concedida pela União na Amazônia Legal sem licitação.  Até 20% desta área pode ser  desmatada.  Como sofreu alterações  no Congresso, a medida volta para a sanção  presidencial.
O texto provocou discussões acaloradas no plenário.  A ex-ministra do Meio Ambiente, Marina  Silva (PT-AC), tentou alterar a Medida Provisória por meio de uma emenda  excluindo as áreas de florestas públicas da possibilidade de ampliação da  concessão.  O relator e líder do  governo, Romero Jucá (PMDB-RR), recusou a proposta.
Marina chegou a afirmar que o único objetivo da MP era legalizar a  grilagem na Amazônia.  "Estamos  tornando legais aqueles que se apropriam, que grilam terras.  Amanhã uma nova lei poderá surgir e  ampliar a área.  Estamos indo na  contramão de tudo que vem sendo feito no plano de combate ao  desmatamento".
Representante de Roraima, onde existem várias ocupações, Jucá reagiu e  negou que a medida vá beneficiar grileiros.  "O povo do meu estado não grila terra, é  só ocupante de terra pública".  Para  Jucá, caberá ao Incra evitar que a lei permita ampliar o desmatamento ao decidir  sobre a concessão das terras.
Fonte:  Amazônia.org.br
 
 
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