Em O GLOBO:
Os relatórios da Operação Satiagraha apontam que o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta (1997 a 2000) faria tráfico de influência em órgãos públicos para facilitar o recebimento de precatórios (dívidas judiciais). Os grampos da Polícia Federal (PF) mostram Pitta dando informações sobre precatórios ao grupo do investidor Naji Nahas, acusado na Satiagraha. Ele telefonava diariamente ao grupo e fazia recebimentos semanais, segundo a PF.
Pitta foi condenado duas vezes no "escândalo dos precatórios", a última em fevereiro, pelo juiz federal Márcio Rached Millani, o mesmo que atua agora na Satiagraha, em substituição ao juiz Fausto de Sanctis, que está de férias.
Em algumas gravações, Pitta cita precatórios de até R$ 90 milhões e fala em informações da "Procuradoria", segundo a PF. Em dois dos diálogos, entre Pitta e o doleiro Carmine Henrique, em 10 de março, a PF viu tráfico de influência por Pitta. Às 11h20m daquele dia, Carmine corrige uma informação para Pitta:
— Eu te falei ontem desse precatório, são cem milhões (de reais). Falei cem mil (reais). Pensei, acho que falei errado quando você me falou que era muito pouquinho.
— Cem milhões são precatórios corrigidos. Deve ser algum caso que eu deva conhecer. Depois você me relata — responde Pitta.
— É de uma desapropriação — afirma Carmine
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