segunda-feira, 7 de julho de 2008

Novo diretor da Santa Casa visita o hospital

No AMAZÔNIA:

Recém-nomeado diretor da Santa Casa de Misericórdia, Maurício Bezerra, passou a manhã de ontem no hospital. A visita foi acompanhada por vários diretores, mas fechada aos jornalistas. Bezerra foi à praticamente a todas as enfermarias e ao pátio externo do hospital, mas não divulgou nenhum comunicado sobre os primeiros dias após ter assumido a direção do hospital, em substituição a Anselmo Bentes, tampouco as providências que serão tomadas a curto prazo para evitar novas mortes.
A nomeação de Bezerra foi publicada no Diário Oficial do Estado da última sexta-feira. Angiologista e servidor do quadro da Santa Casa, ele chega ao hospital após um saldo de 32 bebês mortos nos últimos 20 dias. Ontem, segundo informações de funcionários, não houve mortes de bebês.
Com a ausência de novos óbitos, o motivo de indignação do domingo ficou por conta de um jornal produzido pelo governo do Estado, segundo o qual o percentual de óbitos estaria caindo na Santa Casa. Ontem, o diretor de Imprensa do Sindicato dos Médicos, Luiz Sena, lamentou a publicação, segundo ele 'extremamente preocupante' em função do conteúdo e das informações trazidas. Segundo o sindicalista, o jornal debocha da população ao trazer como título a texto 'o que aconteceu de verdade na Santa Casa'.
'Como assim? Quer dizer que as mortes desses bebês não foi verdadeira?', questionou ele. 'O mais preocupante é que esta propaganda é feita com dinheiro público. Nós estamos pagando isso', completou. Segundo ele, hoje haverá uma reunião no Sindicato dos Médicos para discutir providências que podem ser tomadas diante da publicação.

Mais aqui.

Um comentário:

Anônimo disse...

Quando a gente imagina que, finalmente, o governo-da-mudança vai tomar rumo, ele se supera, novamente, em lambança.
Não poderia ser mais intempestivo o momento escolhido pela governadora Ana Júlia para lançar mais uma propaganda enganosa, em um jornaleco mambembe tecendo loas, elogios e falsos-brilhantes à "eficiente" administração e estrutura da saúde pública estadual. Após a penosa leitura do texto, chega-se a conclusão de que as vinte e tantas mortes não ocorreram!
Quanto desperdício de dinheiro público, mais uma vez.
Então, não são verdade as filas imensas desde a madrugada para uma simples consulta?
Não há pacientes esperando meses por um atendimento cirúrgico, não é mesmo?
Não é verdade que há pessoas deitadas em corredores e até nos estacionamentos, aguardando atendimento, não é mesmo?

É lamentável que, no momento em que bebês morrem numa verdadeira "linha-de-produção-mórbida", o governo do estado tente enganar o zé-povinho com propaganda falsa e enganadora.

Bleargh! um acesso de vômito, de revolta e repulsa a tanta incompetência e falsidade de propósitos.

Uma oração pelos inocentes mortos.