A presidência do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) exonerou anteontem 49 chefes de escritórios de fiscalização no país. A medida atingiu 24 escritórios instalados nos nove Estados que integram a Amazônia Legal, provocando o fechamento de algumas unidades e a transferência de fiscais para outras áreas de atuação.
As exoneração fazem parte, segundo o Ibama, da reestruturação do órgão, iniciada em abril de 2007, ainda na gestão de Marina Silva no Ministério do Meio Ambiente, e prevêem o repasse de 68 cargos comissionados, com salários em torno de R$ 1.300, para o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), criado a partir de medida provisória no Congresso.
No Amazonas, 8 dos 14 escritórios serão extintos, segundo a Associação dos Servidores do Ibama. A presidência do Ibama não confirma esse número, apesar de dizer que escritórios poderão ser fechados.
Os escritórios de Coari, Manacapuru, Manicoré e São Gabriel da Cachoeira estavam fechados ontem e anteontem, quando foi publicada no "Diário Oficial" da União a portaria do presidente do Ibama, Roberto Messias Franco.
Os escritórios ficam em áreas críticas de desmatamento, pesca ilegal e grilagem de terras.
O presidente da associação dos servidores do Amazonas, Adilson Cordeiro, disse que, sem os escritórios, as áreas críticas ficarão desguarnecidas.
O gerente-executivo do Ibama no Amazonas, Henrique Pereira afirmou que os escritórios do Amazonas poderão ser reativados se não houver remoção de servidores ou se forem contratados novos.
Em Brasília, a assessoria de imprensa da presidência do Ibama negou a existência de escritórios fechados ontem. Disse que a extinção de escritórios faz parte da reestruturação do órgão, mas ainda está sendo objeto de estudo.
Fonte: Folha Online
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