segunda-feira, 21 de julho de 2008

Governo estima corte neste ano de 500 mil cestas básicas

Na FOLHA DE S.PAULO:

Por conta do alto ritmo da inflação dos alimentos, o governo federal estima que deixará de distribuir neste ano cerca de 500 mil cestas básicas às famílias consideradas em "situação de insegurança alimentar".
Sem-terra, quilombolas, indígenas e atingidos por barragens, entre outros, integram esse rol de beneficiários. A maioria deles está em acampamentos, debaixo de barracos de lona e, sem endereço fixo, fora do Bolsa Família, principal programa de transferência de renda do governo federal.
No ano passado, o governo distribuiu a essas famílias 2 milhões de cestas. Para este ano, por conta da alta do preço dos alimentos, a estimativa do governo é de 1,5 milhão de cestas.
Os recursos e os estoques da agricultura familiar disponíveis para a montagem das cestas estão próximos aos do ano passado, enquanto os produtos, puxados por feijão, óleo e farinha de trigo, subiram neste ano uma média de 23% em relação à média final de 2007.
"Isso [1,5 milhão de cestas em 2008] é uma estimativa nossa", afirma João Cláudio Dalla Costa, superintendente de Programas Institucionais e Sociais de Abastecimento da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), responsável pelos leilões eletrônicos nos quais são adquiridos os produtos da cesta básica.
Nos leilões da Conab do ano passado, o quilo do feijão foi negociado a R$ 1, em média. Nos primeiros meses deste ano, saltou a R$ 2,46, avanço de 136%. Nos leilões, a lata de óleo para a cesta subiu de R$ 1,93 para R$ 2,82, e a farinha de trigo, de R$ 1 para R$ 1,24, o quilo.

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