Em O ESTADO DE S.PAULO:
O confronto entre forças policiais chinesas e manifestantes tibetanos aumenta o grau de incerteza das eleições presidenciais de hoje em Taiwan, a ilha que a China diz pertencer a seu território. A repressão dos rebeldes tibetanos pode ter afetado o favoritismo de Ma Ying-jeou, do Partido Nacionalista (Kuomintang), defensor do fortalecimento dos laços com Pequim. Ma liderava a corrida por uma diferença que variava de 6 a 30 pontos porcentuais, de acordo com pesquisas divulgadas até o dia 12 - quando se encerrou o prazo para publicação de sondagens.
A violenta reafirmação do controle chinês sobre o Tibete foi explorada pelos adversários de Ma como uma ameaça à jovem democracia de Taiwan, que realiza hoje a quarta eleição presidencial direta de sua história - a primeira foi em 1996.
A eventual vitória de Ma significará a volta ao poder dos nacionalistas que fugiram da China em 1949 e instalaram um novo regime na ilha, sob o comando de Chiang Kai-chek. Nos últimos oito anos, Taiwan foi governada pelo Partido Democrático Progressista, favorável à independência. Mas o candidato da legenda, Frank Hsieh, tem uma posição mais moderada que a do atual presidente, Chen Shui-bian, radical defensor da independência.
Os constantes choques entre Chen e o governo de Pequim acabaram minando sua popularidade - também afetada por escândalos de corrupção que envolveram a mulher dele. Depois da derrota nas duas últimas eleições presidenciais, o Kuomintang obteve uma vitória avassaladora na eleição legislativa de janeiro, vista como uma prévia da disputa presidencial.
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