Em O ESTADO DE S.PAULO:
Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) invadiram, na manhã de ontem, uma unidade da Ferro Gusa Carajás (FGC), empresa da Vale, no Maranhão. Segundo a empresa, os invasores depredaram as instalações da Fazenda Monte Líbano, localizada no município de Açailândia. O MST não foi localizado para comentar a invasão.
Essa é a terceira invasão a empresas ligadas ao agronegócio nesta semana promovida por movimentos em defesa da reforma agrária. A fazenda é a sede administrativa da operação florestal da FGC no Estado e produz carvão vegetal.
Peritos da Polícia Militar foram enviados à fazenda para avaliar os danos. Segundo nota divulgada pela Vale, um empregado da empresa foi cercado pelos invasores, ameaçado com foices e porretes e obrigado a entregar uma máquina fotográfica com a qual registrava a invasão.
O trânsito na rodovia Belém-Brasília foi interrompido pelos invasores. Segundo a empresa os manifestantes atearam fogo a pneus e troncos de árvores.
A nota diz ainda que os sem-terra ameaçaram invadir outra fazenda, na qual a Vale mantém um centro de pesquisa de reflorestamento. “Essa invasão pode pôr abaixo mais de 20 anos de pesquisas desenvolvidas pela empresa”, diz a nota.
Ainda segundo o comunicado da mineradora, a Justiça de Açailândia concedeu liminar para a reintegração de posse da Fazenda Monte Líbano, determinando o cumprimento da medida judicial pela Polícia Militar. No Rio Grande do Sul, cerca de 150 produtoras rurais realizaram ontem, em Rosário do Sul, um ato simbólico contra a invasão da Fazenda Tarumã por um grupo de mulheres da Via Campesina na terça-feira. Na ocasião foi destruída parte da plantação de eucaliptos. A fazenda pertence à multinacional finlandesa Stora Enso.
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