Em O ESTADO DE S.PAULO:
Um dia depois de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva orientar seus líderes no Congresso a não permitir o fim das medidas provisórias, parlamentares aliados entraram firmes na defesa do ponto que mais interessa ao Palácio do Planalto: a manutenção do trancamento da pauta da Câmara e do Senado após 45 dias de edição de MP até que seja votada pelas duas Casas. Com esse dispositivo, Câmara e Senado ficam impedidos de deliberar em plenário a respeito de qualquer outro projeto enquanto não decidirem sobre medida provisória que tranca a pauta.
Logo depois de o relator do projeto na comissão especial da Câmara, deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ), formalizar sua proposta do fim do trancamento de pauta na reunião de ontem, parlamentares governistas levantaram propostas alternativas que, no fundo, são uma nova forma de bloqueio dos trabalhos. Há proposta também para mudar o prazo de trancamento, atualmente de 45 dias depois da edição da MP, para 105 dias, ou seja, nos últimos 15 dias de sua vigência. A medida provisória perde sua validade se não for aprovada até120 dias depois de ter sido editada.
As discussões mostraram que alguns aliados do governo na comissão já mudaram de discurso. O presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP), e Marcelo Ortiz (PV-SP), que defendiam o fim do trancamento de pauta, afirmaram que a mudança no prazo poderia ser uma boa saída. A pauta dos plenários, dessa forma, ficaria bloqueada por 15 dias.
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