O deputado Carlos Bordalo (PT) foi à tribuna na sessão desta segunda-feira (03/03) para denunciar uma tentativa de assassinado da ex-mulher. O parlamentar associou o fato a um crime de encomenda, para intimidar a atividade parlamentar que desenvolve. "O fato é gravíssimo, mas se a cada ação de nosso mandato como deputado, nós sofrermos esse tipo de coação, é melhor fechar o parlamento", comentou Bordalo. Segundo ele, o caso já foi informado à governadora Ana Júlia e ao Secretário de Segurança Pública, Geraldo Araújo.
O parlamentar recebeu várias manifestações de solidariedade de outros deputados. Martinho Carmona (PMDB) lembrou que outros episódios de ameaças e de crimes contra representantes do Poder Legislativo já ocorreram. "Esse tipo de pressão é uma afronta ao exercício do parlamento", disse Carmona. Ele propôs que a sessão fosse suspensa para os deputados discutirem que providências a serem tomadas. O presidente Domingos Juvenil (PMDB) informou que, "diante do quadro gravíssimo da segurança pública em nosso Estado, a Assembléia Legislativa está devolvendo 40 policiais militares que estão à disposição deste poder para contribuir com as ações de segurança no Pará".
A sessão foi encerrada para que os deputados pudessem participar de uma reunião para discutir a denúncia de Bordalo. "Vamos estudar uma ação, ver o que é possível fazer para assegurar a segurança do deputado Carlos Bordalo e dos demais parlamentares", explicou Domingos Juvenil. "Essas ocorrências são lamentáveis e demonstram o fio da navalha em que vivem os deputados. Apesar disso, ainda há setores da sociedade que não compreendem essas situações e acusam o parlamento de ter privilégios", criticou Juvenil.
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