O Ministério Público Federal abriu Procedimento Administrativo para acompanhar o projeto da MMX Mineração e Metálicos S.A, do empresário Eike Batista, que pretende instalar uma estação flutuante de transbordo para embarcar minério de ferro na ponta da Tijoca, em Curuçá, nordeste do Pará. O projeto foi apresentado em reunião com a comunidade e autoridades ambientais. A empresa quer trazer o minério de ferro extraído no Amapá em comboios de barcaças pelas águas interiores entre Santana (AP) e a zona do salgado paraense, para que seja embarcado em navios de grande calado - que necessitam de águas profundas - e exportado.
A localização escolhida é considerada ambientalmente delicada. Fica dentro de uma Reserva Extrativista Marinha com 37 mil hectares e 4 mil usuários cadastrados (a Resex Mãe Grande), em uma área de manguezais que são considerados por pesquisadores como um dos mais importantes e complexos ecossistemas desse tipo no mundo. O MPF recebeu mais de 4 mil assinaturas de moradores preocupados com o projeto, e também informações sobre a importância da área como berçário de espécies economicamente relevantes, como a pescada amarela.
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