A propósito de diligência efetuada pela Polícia Federal na sexta-feira passada, o jornalista Ismael Machado mandou o seguinte esclarecimento ao Espaço Aberto:
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Há cerca de um ano a Polícia Federal começou a investigar crimes na internet ligados à falsificação de documentos. Quase no mesmo período recebi um spam com ofertas que iam desde gabaritos de concursos a certificados em geral. Abri o email e considerei que ali haveria um bom material para pesquisa e apuração. Respondi ao email. A intenção era obter o máximo de informações a respeito e depois, se assim fosse possível, produzir uma reportagem a respeito. Solicitei, inclusive, que me fosse enviado um modelo do documento, o que foi feito. Um documento grosseiro, diga-se de passagem.
Nesse ínterim, me desvinculei do veículo de comunicação a que pertencia. Por conta disso, e por assumir outros compromissos profissionais, abdiquei da reportagem, assim como deixei de investigar outro assunto que havia me sido passado como sugestão, em relação a assentamentos de militantes sem-terra. Eu havia começado uma apuração sigilosa e que só depois iria ser repassada, quando tivesse elementos suficientes, aos meus superiores. Não é uma prática incomum.
Esqueci o material, abri mão dele. A imagem do documento que me havia sido enviada ficou no meu computador, no entanto. Não foi copiada, impressa, escaneada ou qualquer outro tipo de uso foi feito.
Ocorre que a investigação feita pela PF detectou a troca de emails anteriores. Na sexta-feira passada a PF foi até minha casa, com um mandado de busca e apreensão. O tratamento da polícia, diga-se de passagem, foi extremamente respeitoso e correto. Foi feita uma procura em todos os cômodos do apartamento onde moro. Nada foi encontrado. A única coisa encontrada pela polícia foi a referida imagem em ‘arquivos recebidos’. Nada além disso.
Fui até a Polícia Federal prestar esclarecimentos. Questionaram-me sobre os locais onde trabalhava e quais os documentos apresentados neles. Informei: certificado de Pós-Graduação em Metodologia da Educação Superior pela Universidade do Estado do Pará, atestado de ser aluno matriculado em curso de Mestrado em Letras na Universidade Federal do Pará, atestado de estar cursando Especialização em Jornalismo on line, pela American World University, diploma de Bacharel em Turismo pela Universidade Federal do Pará. Todos esses documentos foram apresentados em vias originais à PF. Que ligou para os estabelecimentos onde trabalho e comprovou a veracidade de minhas afirmações.
Declaração textual do agente da Polícia Federal: todas as suas informações estão “batendo” com o que estamos verificando junto às instituições. Outra declaração feita pelo delegado responsável por tomar meu depoimento (não sei se esse é o termo técnico): ‘o teu único pecado parece ter sido não ter jogado no lixo essa imagem. Só que ter imagem no computador não é crime. Você pode ter as imagens que quiser, desde que não sejam pornografia infantil’.
Antes de prosseguir nessa linha de raciocínio, gostaria de explicar que: concluo o mestrado ainda esse ano; estou fazendo uma especialização em Ecoturismo que já está em fase de correção de monografia, na Universidade Federal de Lavras, em Minas Gerais. Minha especialização em Jornalismo está em fase de elaboração da monografia, cujo tema é a cobertura da imprensa no caso Dorothy Stang. Eu fui o último repórter a entrevistá-la com vida, mas a matéria não foi publicada porque não consegui à época falar com o principal acusado, Regivaldo Pereira.
Então vejamos, voltando à linha de raciocínio anterior. Não paguei por um diploma. Não comprei um diploma. Não usei um diploma falso. Não me beneficiei em nenhum momento de um diploma falso. Esse é o único fato existente. Sem isso, como me enquadrar por um crime que não cometi?
Pode haver um questionamento a respeito do sigilo da Polícia Federal em relação ao meu nome. Ora, antes de ser um protecionismo, é uma atitude correta. Como me expor se não há nenhuma evidência de que eu tenha me beneficiado ilegalmente de um documento? Se os documentos apresentados por mim nos locais onde trabalho são todos corretos e legais?
Na verdade, a Polícia Federal está fazendo algo que deveria ser um pouco a lição de casa dos jornalistas. Mas isso é outra discussão.
Tenho 41 anos. Não sou formado em Jornalismo, abandonei, como muitos, o curso pela metade. Comecei a trabalhar, no entanto, em dezembro de 1991. Minha carteira foi assinada a primeira vez em fevereiro de 1992, pelo jornal Diário da Serra, que à época pertencia ao Correio Braziliense (é com z mesmo), em Campo Grande, estado do Mato Grosso do Sul. Não havia uma turma de jornalismo formada no estado, com o curso recém criado. Fiz um teste respondendo a um anúncio do jornal e fui aprovado. Entrei depois para o curso de jornalismo, mas não pude seguir adiante, pois não pude conciliar trabalho e estudo. Eu era um pai recente. Meu filho tinha um ano. Minha mulher à época não se adaptou à cidade e voltou para o Espírito Santo, onde estava sua família. Metade do meu salário era para eles. Sou oriundo de uma família pobre, mas honesta. Até hoje não possuo bens imóveis. Não tenho casa própria, não tenho carro, não tenho dinheiro no banco.
Após esse período, fui para Porto Velho a convite de um amigo. Não havia faculdade de jornalismo na cidade. Mas eu sabia que não queria fazer outra coisa na vida. Fui repórter de tv e editor do Caderno 2 de um jornal local. Possuo recortes dessa época que atestam o respeito profissional que obtive na cidade. Quantos profissionais saem de uma cidade e são homenageados com um editorial do jornal que trabalha? Isso aconteceu comigo.
Em Belém trabalhei nos três jornais. A Província do Pará, onde fui editor de Cidades, Diário do Pará e O Liberal. Em nenhum deles eu aleguei ter diploma de jornalista. Em todos apresentei meu registro como jornalista provisionado obtido em Rondônia e várias matérias minhas em jornais e revistas.
Na minha carteira de trabalho não há nenhum outro tipo de registro de emprego que não seja o de repórter ou outra atividade afim. São 16 anos dedicados a essa profissão. Ao longo desse tempo fui correspondente do Jornal do Brasil, do Globo, fiz matérias free-lancers para Veja, Placar, Cadernos do Terceiro Mundo, Caros Amigos e tantas outras publicações.
Mesmo as pessoas que não simpatizam comigo – e isso é natural entre os seres humanos- reconhecem minha competência profissional e minha integridade. Fui finalista em 2005 do Prêmio Ayrton Senna de Jornalismo e em 2004 obtive o terceiro lugar no Prêmio Nacional de Direitos Humanos em Jornalismo. Sou autor de dois livros. O segundo deles, é o primeiro registro jornalístico sobre o cenário do rock paraense nos anos 80. Acabei de escrever e pretendo publicar ainda esse ano, um livro sobre jornalismo, baseado em minha experiência pessoal de 16 anos. Reproduzo matérias que considero históricas, como as coberturas do massacre de Corumbiara, do julgamento de Eldorado dos Carajás e da morte de Dorothy Stang.
Preocupo-me, como toda pessoa, com as conseqüências à minha imagem em relação aos fatos relatados. Preocupo-me porque sei como são falhas determinadas apurações e como uma imagem destruída rapidamente não tem como ser recomposta tão facilmente. Vide o exemplar caso da Escola Base.
Do que sou acusado? De usar diploma falso? Não é verdade e isso é fácil de comprovar. Todos que me conhecem sabem que nunca escondi minha situação profissional. Sou dos que não concordam com a obrigatoriedade do diploma única e exclusivamente porque os jornalistas que mais admiro nunca precisaram dele (e a lista é imensa). Sou acusado de não ter um diploma de jornalista? Grande parte dos bons jornalistas paraenses não o tem. E nem precisam. Defendo o talento. Defendo a capacidade intelectual de cada um. E o respeito à profissão escolhida. Sempre lidei muito bem com isso. Ninguém pode me acusar de ter me desviado eticamente em qualquer um dos locais em que trabalhei. Minhas reportagens sempre foram elogiadas pelos mais variados tipos de pessoas. Nunca foram questionadas. Além disso, essa discussão ainda é tema polêmico mesmo no Supremo Tribunal Federal.
Ouvi questionamentos a respeito de lecionar em uma faculdade. Ora, tenho pós-graduação em Metodologia da Educação Superior. Estou concluindo um mestrado e duas especializações, uma na área de Jornalismo. Pretendo ainda esse ano iniciar um mestrado em Jornalismo em outro país. Tenho uma formação cultural e profissional sólida. Poucas pessoas em Belém têm um currículo tão extenso como o meu. Passei por uma avaliação na faculdade onde leciono e fui aprovado com méritos. Sou extremamente respeitado e querido pelos alunos. Minha conduta profissional tem sido irretocável.
Vivo em sociedade que está em mutação e que quer profissionais diversificados, não admite mais essas amarras corporativas. Mas isso também é outra discussão.
No depoimento dado à Polícia Federal há expressões como ‘curiosidade’ e ‘desistência’. Foram argumentos sugeridos a mim para que no desenrolar de possíveis investigações ficasse mais clara a defesa. O raciocínio é simples. Não há crime se ele não foi praticado. Ou como me disse um policial: “Mesmo que houvesse a intenção, não houve a prática delituosa”.
Portanto, não há como me incriminar. Se a PF continuar as investigações (e deve fazer isso) comprovará o que foi esclarecido desde a primeira vez. Não possuo diploma falso, não adquiri um diploma falso e nem fiz uso ou tive benefício de um diploma falso. Fui até a Polícia Federal sem advogado, por estar tranqüilo em relação a isso.
Preocupo-me com a possibilidade de que meu nome seja exposto na imprensa de forma inadequada. Não há fato. Se por ventura, e duvido que isso ocorra, meu nome for indiciado, aí sim, defendo que a imprensa divulgue os fatos, dando-me o direito de resposta. Por enquanto, tudo o que vier a ser publicado será leviandade. E aí, utilizarei o meu direito de cidadão de interpelar judicialmente a quem me expuser dessa forma.
Esse é um bom momento para reflexões a respeito da destruição ou preservação da imagem de uma pessoa. Uma reflexão que passa por um foro íntimo de cada um. Para quem, como eu, nunca se viu envolvido em nada irregular, passar por essa provação tem sido um desafio. Não tenho dormido direito, não tenho me alimentado bem e estou sinceramente amedrontado em me ver sendo condenado e julgado perante à opinião pública e perder meu honesto meio de sobrevivência. Tomei a providência de ligar a todos os jornalistas que admiro e com os quais mantenho relações de respeito e amizade, para informar-lhes antecipadamente de minha própria voz ou de minha mulher, sobre o que aconteceu. Nenhum deles sabia do que se tratava. Fui sincero com todos eles.
A partir desse esclarecimento, reservo-me o direito de nada mais declarar e me resguardar o direito de utilizar meus direitos civis e judiciais para me proteger se assim o for necessário.
11 comentários:
Como deixei um comentário cobrando um tratamento igual para todos, nessas operações da Polícia Federal, tanto por parte da imprensa, como também da própria PF, me sinto no dever de voltar aqui para registrar, como jornalista, os esclarecimentos deixados pelo jornalista Ismael Machado.
Talvez, se ele não tivesse vindo aqui, nós não saberiamos sua identidade e muito menos a sua história e o que de fato aconteceu.
Vic Pires Franco
Não o conheço mas seu texto tem substância, tem conteúdo, parece convincente.
Até que provem o contrário, é inocente.
Que Deus o proteja.
E o Espaço, como sempre, Aberto.
Valeu!
Vic,
Também acho que o Ismael fez o mais correto. Assim, quanto mais ficasse no anonimato, mais estimularia especulações. E ele tem todo o direito de oferecer a sua versão sobre tudo isso. O propósito do blog foi este: oferecer-lhe o espaço para esclarecer.
Abs.
Anônimo,
É isso mesmo: até prova em contrário, o Ismael é inocente. Não se pode prejulgar ninguém.
Abs.
Caro Ismael,
Felizmente recebi a notícia junto com o link para o teu esclarecimento. Te conheco o suficiente para saber da tua carreira academica e por isso estranhei quando ligaram teu nome ao uso de diploma falso. No entanto, o que mais me chocou foram colegas nossos, jornalistas de veiculos impressos e de televisao, te tratando como criminoso antes de te ouvir. Alguns por motivos pessoais outros por nao seguirem um preceito basico da profissao: sempre ouvir o outro lado.
Grande abraco
Vlad
Faço minhas as palavras do Vlad. O que tinha de gente com a boca espumando atrás de uma crucificação.
Não conheço Ismael a tanto tempo quanto o Vlad, embora me dê muito bem com ele. Mas, uma relação de amizade não sustentaria uma defesa se ela não fosse baseada em fatos. E, até onde vi, os fatos não apontam para nenhuma acusação.
Que tudo isso passe, os culpados sejam punidos e "Ismail" (piada interna, desculpem) continue trampando tranqüilamente.
Querido amigo Ismael,
Que ainda não era meu amigo quando me recebeu tão bem na redação de O LIBERAL, para o meu teste para "foca" oficial, afinal, dias depois eu seria contratada, com um bom texto, isso segundo a sua opinião, mas sem experiência, que hoje, oito anos depois, acumula importantes conselhos seus naqueles dias difíceis de principiante.
Você que em nossas conversas de mesar de bar, isso já depois que nos tornamos amigos, me contou que era formado em turismo, trabalhou naquele jornal do "Correio", depois em Porto Velho e... bom, tudo o que aqui está registrado com tanta sinceridade, aliás, uma de suas grandes qualidades.
Soube do fato pelos jornais, e de que tratava-se de você pelo colega Vlad, após me contar, indignado, da forma como, não a polícia, mas pessoas humanas como nós e "falhas" como são os jornalistas, tentaram expor a sua imagem sem provas.
Continuo acreditando em você, exatamente como há oito anos, o tempo da nossa amizade.
Acredito que assim continuarão fazendo aqueles que o conhecem.
Cléo Soares
Minha solidariedade ao jornalista Ismael Machado. Conheço-o pouco, mas imagino a angústia que esteja passando. É brabo ser inocente e ter que se defender de um crime que não cometeu e, muitas vezes, não ser compreendido. A sua posição descrita nesse manifesto-desabafo é bem claro, pra mim esclarecedor.
E como jornalista ele dá o testemunho da imcompreensão dos próprios colegas jornalistas. E é exatamente essa situação, Isamael, que muito seres humanos mortais, também inocentes, enfrentam nas suas vidas por muitas acusações injustas, inclusive pela própria imprensa.
Você fez o certo: botou sua cara a tapa para provar a sua inocência.
Orly Bezerra
Ismael
A forma como isso tomou certas proporções dentro da redação onde trabalho me chocou, porque nessas horas vemos quem é quem. Vemos quem se incomoda com o bom trabalho feito por jornalistas como vc, e quem parece sempre a espera de algo para descredenciar o caráter de pessoas nas quais costumam dar tapinhas nas costas.
Isso é de se esperar. Alguns jornalistas fazem entre os próprios colegas de profissão aquilo que fazem com qualquer outro: crucificam antes, para dar direito de resposta escondido num canto de uma página qualquer depois. E isso não é jornalismo.
Mas esse povinho é minoria Observando toda essa proporção desmedida, também percebi que há quem saiba reconhecer o bom jornalista. Vi muitos repórteres e editores elogiando sua postura mesmo não sendo seus amigos - já que, para nós que fazemos parte do seu círculo de amizades, esse tipo de "defesa" é mais do que natural e óbvia, afinal sabemos quem você é.
Só lamento ter percebido que, independente de amizades ou não, não existe uma identidade de classe, não nos reconhecemos como batalhadores de uma mesma causa - o bom jornalismo. Nessa hora em que deveríamos unir forças, parece que é cada um por si. Isso é lastimável.
Com certeza, se os rumos da vida tivessem sido outros, talvez estivéssemos aqui postando parabéns por prêmios obtidos com esse bom enredo que vc tentou, no exercício da profissão, tornar público, então não deixe essa situação lhe abater, vá até o final nessa apuração da PF até para efetivamente condenar o cara que vc pretendia desmascarar em uma matéria e aprenda uma lição: da próxima vez, amigo, passa a bola de uma pauta quente dessas para a gente, porque uma manchete dessas não dá para congelar por um ano, heehehehehe.
Conte comigo para o que precisar, sempre.
Esperança Bessa
Conheço o Bill parece uma vida. É meu amigo, companheiro de conversas, fora e dentro do bar, verdadeira enciclopédia sobre o pop e o futebol (pergunte a ele os nomes dos zagueiros do Santos em 1973 e ele dirá que é pouco, por que não a escalação inteira?). Nesse meio tempo também desenvolvemos relações profissionais. Fiz a capa de um dos seus livros e estou trabalhando em outro, que por sinal me permitiu irrestrito acesso ao arquivo de reportagens que ele escreveu. Li tudo, desde os tempos de Porto Velho até o que ele publicou no Globo. Conheço a sua vitoriosa história no jornalismo e posso dizer que o admiro muito por tudo que construiu na sua profissão, e também, e talvez principalmente, pela forma como ele a vivencia, com honestidade e coragem. Então o ponto pacífico é apenas esse: qualquer acusação contra seu profissionalismo e a sua ética é ridícula, leviana, provavelmente movida a inveja e/ou ignorância. Alguém que tem o know-how dele como jornalista, com 16 anos de labuta nas costas, não precisa a essa altura da vida usar de subterfúgios criminosos pra se promover. Para isso bastam seu trabalho, sua atitude honrada e sincera enquanto repórter (e como pessoa) e os amigos, os verdadeiros, que sabem muito bem o valor que tem o Grande Bill em suas vidas, e o quanto ele ama a sua profissão para jogá-la na lama por uma irresponsabilidade. Tem quem o faça, mas pra nossa sorte ele não é desses.
Grande abraço Bill, e conte comigo.
Seu amigo
Marco tuma
O Ismael é um dos meus maiores amigos da vida toda, mas não é por amizade que estou aqui. Mas sim pelo desejo de manifestar publicamente meu apoio a um dos melhores jornalistas que conheço. Quem já teve uma relação profissional com ele sabe do que estou falando: faro investigativo e apuração ética fazem parte de sua rotina de trabalho. Ismael trabalhou comigo na redação de O Liberal por muitos anos e sempre manteve uma postura crítica em relação ao fazer jornalístico. É um dos raros colegas de profissão com quem é possível discutir sobre a qualidade do texto, por exemplo -porque acreditem, muitos de nós se acham donos de uma redação irretocável. Imaginar que um jornalista ético e dedicado à profissão, dono de uma carreira exemplar, reconhecida e premiada não só no Pará, escritor e professor universitário, tentou comprar na calada da noite um diploma falso, é uma idéia absurda. Espero que a investigação da PF prossiga e aponte os culpados o mais rápido possível. E que esse episódio, depois de levantar um bom debate sobre a ética jornalística, seja lembrado pelo Ismael apenas como um "bad day", como diria nosso grande amigo Michael Stipe.
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