terça-feira, 18 de março de 2008

Caso do jornalista é mesmo um caso de polícia

Garante ao blog quem tem plenas condições de garantir.

Na casa do jornalista de Belém suspeito de ter comprado um diploma falso não foi encontrado qualquer diploma falso. Até aí, nenhuma novidade.

A novidade é que foi encontrado - e recolhido pela Polícia Federal - o currículo do jornalista que faz menção expressa ao diploma falso que estava sendo procurado e não foi encontrado pela PF. O material recolhido em Belém já foi todo remetido ao Mato Grosso. Será periciado lá, e não aqui em Belém. Também é por lá que será conduzido o inquérito.

Na diligência policial que chegou até a casa do suspeito, no último sábado, os policiais acharam uma cópia apenas da parte da frente de diploma de jornalismo, enviada pelo hacker do município de Tangará da Serra, no Mato Grosso. O papel é uma prévia do diploma, já com todos os dados do futuro comprador, para ele ver como o documento ficaria.

A Polícia Federal ainda mantém a sete chaves o nome do suspeito. Em depoimento na Polícia Federal, o jornalista admitiu que teve interesse na compra do diploma, mas que, pouco antes de concretizar o negócio, desistiu.

A ser verdade isso, é uma declaração intrigante. Seria o mesmo que dizer: não matei, mas pensei em matar; não roubei, mas pensei em roubar; não estuprei, mas pensei em estuprar. Enfim, o suspeito, perante a polícia, diz que não praticou um crime, mas que pensou em praticá-lo.

Isso é um caso de polícia. Ou então um caso para os jornalistas investigarem. E descobrirem.

3 comentários:

Anônimo disse...

Como diz o filósofo lá da esquina, uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.
Uma coisa, é um jornalista suspeito de ter cometido um crime, e outra coisa, é um político.
O jornalista tem seu nome guardado a sete chaves pela Polícia Federal e pela grande imprensa local.
E o político ?
Bem, aí é a tal da outra coisa. O político, culpado ou inocente, vai pra primeira página dos jornais, e é condenado pela opinião pública, passando direto pra vala, pra lama. Sem dó nem piedade.
Sou as duas coisas, jornalista e político, e tenho muito orgulho disso, mas não posso me calar ao ver esse quase malandro jornalista, que só não cometeu o crime porque foi pego com a boca na botija, ser "aliviado" por toda a imprensa local.
Será que se fosse um político, o nome dele estaria sendo guardado a sete chaves, pela PF ou pela imprensa? Duvido !
Como cidadão, quero ver o mesmo tratamento para todos.
Se é para a PF fazer estardalhaço com suas operações e prisões, como vem fazendo sempre, que faça para todos, sem distinção. Dê nome aos bois. Ou ao boi.
O que é que o jornalista tem, que o político não tem ? Vergonha na cara, honra, credibilidade ?
Papo furado, o político, quando quer, tem tudo isso, assim como o jornalista, quando não quer, se transforma num pilantra tão malandro quanto um político vagabundo. Tudo é uma quetão de honra, e honra não se encontra em diplomas.
Está aí o Duciomar Costa pra provar o que eu digo.
E tipos como ele, e esse jornalista malandro, estão a venda em fim de feira por aí.
Vic Pires Franco

Poster disse...

Deputado,
Seu comentário vale um bom debate. Vou postá-lo na ribalta durante a manhã desta quarta-feira e vamos debater lá.
Abs. e ocupe sempre o espaço aberto no Espaço Aberto.

Poster disse...

Anônimo das 09:02,
O blog recusou se comentário porque você, na condição de Anônimo, precisaria se identificar para nominar o jornalista, cujo nomem nem a polícia ainda revelou. De qualquer forma, obrigado pela informação.
Abs.