Na FOLHA DE S.PAULO:
Depois de passar os últimos dias negando que estivesse enfrentando crise de liquidez, o Bear Stearns, o quinto maior banco de investimento dos EUA, teve de recorrer ao Fed (Federal Reserve, o banco central americano) e ao JPMorgan Chase para conseguir fundos de emergência. O anúncio abalou as Bolsas pelo mundo e aumentou o temor de recrudescimento da crise nas instituições financeiras.
Outro grande banco de investimento alvo de rumores de quebra, o Lehman Brothers, disse, horas depois, que obteve uma linha de crédito de três anos no valor de US$ 2 bilhões de 40 instituições. Nesta semana, ele anunciou a demissão de 1.400 funcionários, cerca de 5% da sua força de trabalho.
Pelo acordo, o JPMorgan pegará dinheiro na janela de redesconto do Fed e o repassará para o Bear Stearns por um período de 28 dias -o tamanho dos empréstimos não foi divulgado. A decisão sinaliza a necessidade de dinheiro do banco de investimento (voltado a captações e financiamentos de médio e longo prazos, normalmente voltado a empresas).
No dia 27 começam os leilões do novo programa do Fed para injetar liquidez no sistema financeiro, que promete até US$ 200 bilhões. Ao contrário do JPMorgan Chase, o Bear Stearns não pode usar a janela de redesconto do BC dos EUA.
Após o anúncio, as agências de classificação de risco reduziram a avaliação do banco e podem voltar a revê-la em breve.O Bear Stearns tem atuação focada no setor imobiliário, epicentro da crise financeira. Seu socorro ocorre na mesma semana do colapso do fundo Carlyle Capital, elevando os temores de contágio sistêmico.
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