sábado, 24 de abril de 2021

Renan declara-se suspeito em relação ao governo de Alagoas. E Jader, em relação ao governo do Pará?

Renan Calheiros: suspeição para não oferecer mais munição aos ataques de bolsonaristas
Escolhido para ser o relator da recém-criada CPI da Pandemia, a ser instalada na próxima terça-feira (27), o senador Renan Calheiros já avisou, a quem interessar possa, que vai se declarar suspeito para tomar qualquer decisão quando o assunto envolver diretamente o governo de Alagoas. O motivo é óbvio: Renan Filho é o governador do estado.
“Desde já me declaro parcial para tratar qualquer tema na CPI que envolva Alagoas. Não relatarei ou votarei. Não há sequer indícios quanto ao estado, mas a minha suspeição antecipada é decisão de foro íntimo”, escreveu o emedebista em sua conta fechada Twitter.
O posicionamento de Renan já suscita uma indagação: e o senador Jader Barbalho (MDB), cujo filho, o governador Helder Barbalho, foi alvo das Operações Para Bellum e SOS, por supostas irregularidades durante a pandemia, já tendo sido, inclusive, indiciado pelo Polícia Federal?
Duas fontes ouvidas pelo Espaço Aberto, um parlamentar e um jurista, avaliam que Jader, na condição de suplente, não precisará declarar-se suspeito. Mas se, eventualmente, assumir a titularidade e tiver que votar em alguma circunstância que envolva diretamente o governo Helder, aí sim, é possível que sua suspeição seja suscitada.
Renan já se antecipou em declarar-se suspeito para não dar ainda mais munição aos bolsonaristas, que nos últimos dias, inclusive, aumentaram exponencialmente os ataques ao senador alagoano, desde que foi confirmada sua escolha para a Relatoria da CPI. A maioria dos ataques, segundo Renan já descobriu, tem sido feita por robôs.

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