terça-feira, 29 de setembro de 2020

Tsontakis é descrito como dono de fortuna de R$ 600 milhões e intermediário do pagamento de propina a secretário




Nicolas André Tsontakis Morais.
Esse é o nome mais citado pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça Francisco Falcão, na decisão que autorizou a Polícia Federal, com o auxílio da Controladoria Geral da União, a deflagrar a Operação SOS, nesta terça-feira (29).
Nicolas, que também usava o nome falso de Nicholas André Silva Freire, é o mais mencionado nas 35 páginas da decisão do ministro. A impressão que se tem, lendo os fundamentos da exposição de Falcão, é de que não haveria a SOS se não houvesse um Tsontakis Morais para viabilizá-la.
Nicolas é tratado como o principal articulador do esquema criminoso que envolveu contratos com organizações sociais selecionadas para gerir hospitais que atenderam preferencialmente ou exclusivamente os infectados pelo coronavírus durante o pico da pandemia, ocorrido no segundo trimestre deste ano.
O mais impressionante é o patrimônio amealhado por Tsontakis Morais: estima-se que o valor chegue a nada menos de R$ 600 milhões, incluindo um veículo no valor de R$ 450 mil. Com um detalhe, registra Falcão: o levantamento patrimonial é "não exaustivo", ou seja, se cavucarem mais, vão achar mais tesouros agregados à fortuna de Tsontakis.
Tem mais: há indícios veementes, segundo escreve o ministro do STJ, de que pelas mãos de operador Tsontakis escorreram cerca de R$ 331 mil em propina para o secretário de Transpores, Antônio de Pádua Andrade.
Vejam imagens pinçadas da decisão do ministro do STJ.
Está tudo lá.

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