sábado, 19 de setembro de 2020

RBG, a juíza. Três letras que indicam retidão, bravura e grandeza. Três letras que traduzem a justiça.

Ruth Bader Ginsburg: ela nos inspirou a acreditar na justiça e na dignidade humana

A juíza da Suprema Corte dos Estados Unidos Ruth Bader Ginsburg morreu de câncer, nesta sexta-feira (18), aos 87 anos de idade.

Acabo de ver no Jornal Hoje que milhares de pessoas concentram-se em frente à Suprema Corte, em Washington, para prestar-lhe as últimas homenagens.

Não lembro, na história recente, ter acontecido manifestação semelhante quando da morte de um magistrado da Corte Suprema americana.

Mas Ruth Bader Ginsburg era, simplesmente, RBG.

Foi um ícone, um símbolo, um emblema, um brasão cinzelado com os tons da retidão, da bravura e da grandeza.

No ano passado, assisti ao excelente A Juíza, o documentário que conta a trajetória de RBG.

Assistam-no urgentemente.

Assistindo-o, conheci um pouco da retidão, da bravura e da grandeza de uma mulher.

De seu senso de justiça.

De sua extrema, de sua imensa sensibilidade social, sobretudo para reconhecer que os ditos mais fracos - aquele contingente enorme de cidadãos lanhados por todos os preconceitos - não são, em verdade, os mais fracos; eles são fortes, mas esmagados por estruturas sociais, econômicas e ideológicas cruéis e excludentes.

Conheci a acurada capacidade de RGB em demonstrar que a lei não é o caminho, mas um dos caminhos para se promover a justiça.

Conheci suas lições de vida sobre como dobrar as resistências com a força de bons argumentos e de práticas de vida consentâneas com seus idelismos.

RBG.

Pense nela.

E pense que, sim, há razões para acreditar na supremacia do humanismo sobre tudo o que desabona e desmerece a natureza humana.

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