quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Ninguém se iluda: o dia seguinte deve ser pior. Muito pior.



Os brasileiros, parodiando Euclides da Cunha, são antes de tudo uns fortes.
E otimistas, vale acrescentar.
Nesses grupos de WhatsApp, fontes inesgotáveis de mentiras, baboseiras e fanatismos de todos os lados e de todas as preferências políticas e ideológicas, há debandadas gerais.
“Volto depois das eleições”, avisam os que saem.
O depois, eles acreditam, é a segunda-feira, 29 de outubro, quando terão terminado as eleições e Jair Bolsonaro (PSL) já será o novo presidente da República eleito – a menos, é claro, que o mar vire sertão ou o sertão vire mar.
Esses brasileiros que estão batendo em retirada, repita-se, são uns fortes e otimistas.
Porque prevejo, sinceramente, que o depois das eleições será pior, muito pior, do que esta fase que vivemos.
Porque será a hora em que os vencedores, muito provavelmente, haverão de se considerar empoderados aos extremos e, com esse sentimento, muitos se acharão no direito de ditar suas normas em nome do capitão.
Porque será a hora em que os vencidos, muito provavelmente, encontrarão a oportunidade de, em tudo e por tudo, elevarem o seu nível de vigilância como oposicionistas, o que será bom; mas, se caírem também eles no extremismo, isso será péssimo. Para não dizer trágico.
Nem a propósito, uma nota na Painel, a principal da coluna da Folha de S.Paulo, nesta quarta-feira (24), diz o seguinte:

Integrantes da cúpula das Forças Armadas demonstram preocupação com a possibilidade de o clima de beligerância no país se intensificar após a eleição. Comandantes do Exército, da Marinha, da Aeronáutica e outros nomes de alta patente militar têm conversado sobre o receio de que grupos radicais, de ambos os lados, pratiquem atos de violência após o segundo turno. Os militares pregam que o próximo presidente faça da conciliação nacional prioridade após a votação no domingo (28).

Entenderam?
Não se iludam, portanto.
Não nos iludamos.
O dia seguinte será pior, muito pior.
Mas tomara que não.

3 comentários:

Anônimo disse...

De acordo com editorial do jornal judeu Jüdische Rundschau, publicado em 31 de janeiro de 1933, após a posse de Hitler como Chefe de Governo na Alemanha: "há poderes que ainda estão despertos no povo alemão que se levantam contra as políticas antijudaicas bárbaras".

Anônimo disse...

NÃO TENHO DÚVIDAS DE QUE A ESQUERDA CUIDARÁ DISSO, POIS SEMPRE FOI DA ALA DO QUANTO PIOR MELHOR.



Anônimo disse...

Aqui em Jururu da Serra tambem estamos na torcida para que seja pior, muito pior.