É
isso mesmo que você pensou: estamos exauridos e fartos dos velhos manuais de
redação. Escrever é uma questão de estilo. Todos sabem por que escrever é tão
difícil. Quais as armadilhas mais comuns e como superá-las? O bom texto
acredita esse velho escriba, é aquele que se escreve com estratégia que dão
clareza e coerência; um texto deve ser simples e enxuto, palavras usadas pelos
jornalistas. Mas nem tudo que é escrito e contado é considerado verdade e põe em
evidência um fenômeno peculiar: a transformação de um ou mais personagens em
uma entidade de fronteira entre a realidade e a fantasia.
Agora,
em pleno século XXI, o governo quer fazer da realidade uma página fantasiosa no
imaginário popular. Nossa estatal mais importante é a empresa mais endividada
do planeta, no valor de US$ 135 bilhões. Mesmo com tanta roubalheira, ainda prolifera
um discurso radical, intolerante, movidos pelo sentimento de “nós contra eles”,
comuns entre aqueles que querem atribuir aos outros a responsabilidade pelos
próprios males. O governo navega por mares turbulentos, mas quer passar a
imagem de mar de “almirante”. A empresa holandesa SBM disse que ganhou US$ 25
milhões para apressar a inauguração de uma obra da Petrobrás; Venina Fonseca
subordinada a Paulo Roberto Costa, afirmou que alertara Graça Foster sobre a
corrupção na Petrobras e a presidente da estatal ainda diz que a denunciante
não foi clara. Pode?
Chega
de fantasiar a realidade diante de tantas provas. Complexo é uma palavra que
descreve muito bem o esquema de corrupção montado na Petrobras. A corrupção é
um mal antigo, uma cancerosa massa expansiva que não é só privilégio dos maus
brasileiros. É o que pode ser constatado nas denúncias
contra multinacionais que fizeram obras para o governo. Punição, sim, para
corruptos e corruptores. Ufa!
A
todos, um feliz Ano Novo!
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SERGIO BARRA é médico e professor

 
 
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