quarta-feira, 18 de junho de 2014

Conselho de Ética ouve testemunhas no caso Vargas

Da Agência Câmara
Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados se reúne nesta quarta-feira (18) para a tomada de depoimento de testemunhas no processo contra o deputado André Vargas (PT-PR). A reunião está marcada para as 11 horas, no Plenário 11.
Ainda não foram definidos os nomes das testemunhas que serão convidadas para a reunião. O relator do processo, deputado Júlio Delgado (PSB-MG), já anunciou que pretende ouvir primeiro as testemunhas de acusação e depois as da defesa.
Acusações
André Vargas responde a processo no Conselho de Ética por seu relacionamento com o doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal. O doleiro pagou um jatinho para levar o deputado e a família para passar as férias em João Pessoa no final do ano passado.
Conversas grampeadas pela Polícia Federal e divulgadas pela imprensa também dão conta de que o deputado teria intercedido em favor de uma das empresas de fachada de Youssef, a Labogen, em contratos com o Ministério da Saúde. Nas conversas, o doleiro diz que o contrato da Labogen garantiria a “independência financeira” dos dois.
Testemunhas
Entre as testemunhas que serão ouvidas ao longo do processo estão o secretário de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha, que teria intermediado as negociações com o laboratório Labogen; o presidente do PT, Rui Falcão; o líder do partido na Câmara, deputado Vicentinho (SP); o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP); Bernardo Tosto, dono do jatinho usado por Vargas; e Leonardo Meireles e Esdras Ferreira, donos do Labogen.
O doleiro Alberto Youssef foi elencado pelas duas partes e será o último a ser ouvido por Júlio Delgado. Vargas indicou como testemunhas de defesa, além de Youssef, um deputado estadual do Paraná e mais seis pessoas do estado.
A intenção do relator é ouvir as testemunhas e apresentar seu parecer para ser votado no Conselho de Ética até o fim de junho.
Desfiliação do PT
Vargas se desfiliou do PT, partido pelo qual militou por 24 anos, mas, até agora, nem ele nem o partido declararam formalmente à Câmara dos Deputados a desfiliação.

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