quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Semob explica congestionamento na Doutor Freitas


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Olhem, meus caros.
A Semob pode até ser a pior empresa pública de Belém.
Pode até ser a cópia fiel de sua antecessora d'antanho - bem d'antanho -, a tal CTBel.
Mas, falando sério e seriamente, a Semob tem aquela que é uma das mais ágeis e eficientes assessorias de Imprensa de Belém.
Pois ontem ainda, pouco depois de o Espaço Aberto publicar a postagem A Semob brinda Belém com mais um gargalo. Viva ela!, a Superintendência, por meio de sua assessoria de Imprensa, mandou esclarecimentos pra cá sobre o assunto.
E isso deve ser ressaltado como muito positivo - para não dizer muitíssimo -, porque se imagina que o órgão gestor de um trânsito bagunçado e caótico, como o de Belém, deve ser alvo, todo dia, o dia todo, de demandas mil, que o compelem inevitavelmente, de uma forma ou de outra, a esclarecer o público. E quando faz isso com agilidade, é evidente que a presteza precisa ser ressaltada positivamente.
Ex positis (pelo exposto), como diriam os doutores juristas, vamos lá.
Primeiro, abaixo, os esclarecimentos da Semob.
Logo depois, o blog volta.

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SUPERINTENDÊNCIA EXECUTIVA DE MOBILIDADE URBANA DE BELÉM
ESCLARECIMENTO SOBRE DR. FREITAS

A partir da última segunda-feira, 24, a avenida Dr. Freitas passou a cruzar a Almirante Barroso exclusivamente no sentido de quem circula pela Dr. Freitas e pretende acessar a João Paulo II ou avenida Perimetral. O objetivo foi criar uma nova rota de entrada de veículos de carga que têm como destino a Ceasa e os portos da avenida Bernardo Sayão, e também os ônibus intermunicipais e interestaduais que acessam a rodoviária.
A mudança faz parte do conjunto de alterações na avenida Almirante Barroso após a abertura dos elevados do Entroncamento e, em especial, da transformação da avenida Tavares Bastos em mão dupla, com circulação proibida de veículos de carga e ônibus de grande porte no trecho da avenida localizado dentro do conjunto do Basa. Com essa proibição, e também com a proibição de que veículos de carga de ônibus intermunicipais e interestaduais trafeguem pela Almirante Barroso, a abertura da Dr. Freitas foi planejada como a rota mais lógica para dar vazão a esses tipos de veículo sem sobrecarregar outros cruzamentos que já têm uma demanda intensa de veículos particulares.
Assim, a rota para este tipo de transporte especial ficou: BR-316, avenida Pedro Álvares Cabral, avenida Dr. Freitas, com acesso à estrada da Ceasa, Perimetral e João Paulo II. A intensificação do número de veículos na Dr. Freitas, portanto, se dá não apenas pela colocação do semáforo, que acabar por reter veículos, mas também porque agora há uma demanda maior que antes não circulava pela área.

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Do Espaço Aberto:

Sim, tem razão a Semob.
Não é apenas a instalação do semáforo que tem causado o congestionamento, mas a intensificação do tráfego na área, em razão de ter sido rasgado o cruzamento.
Mas a essência é que, seja por um semáforo, seja porque intensificou-se o tráfego pela Doutor Freitas em direção à João Paulo II e à Perimetral, seja porque agora há um cruzamento onde antes não havia, seja por qualquer outro motivo, o certo é que o trânsito na área tem tudo para ficar mais complicado do que antes.
Se não ficar, plec, plec, plec para Semob. E para a cidade, por extensão.
Mas há outra observação.
O Espaço Aberto, também ontem, submeteu os esclarecimentos da Semob ao motorista mencionado, mas não nominado, na postagem que ensejou a nota.
Ele, agora, permitiu que se divulgue seu nome. É o leitor José Rodrigues.
Leiam, abaixo, o que ele disse:

Então que se calcule melhor o tempo de abertura do semáforo da Dr. Freitas para que possa comportar o aumento de veículos que irão utilizar essa rota. No primeiro dia de abertura, este subscritor demorou aproximadamente 8 minutos para percorrer 100 metros naquela avenida, com três aberturas do sinal. Detalhe: em um determinado momento em que estava parado, aguardando abertura do sinal, ao olhar pelo retrovisor, verificou que a fila de veículos já ultrapassava a avenida Romulo Maiorana, congestionando o tráfego de quem vinha pela Dr. Freitas para acessar a RM e de quem vinha desta travessa para acessar a Dr. Freitas. Uma verdadeira balbúrdia. Enquanto isso, havia um agente da Semob embaixo da passarela. Ao celular.

3 comentários:

Anônimo disse...

Subo o elevado (que a nada leva) todo dia, e dou a minha colaboração.
Alem de elevar o tráfego, um agravante também é que formam fila dupla onde só passa um de cada vez, daí reflete para cima do acesso ao elevado, que fica travado.
Fiscalização, gente, fiscalização e educação.

Anônimo disse...

"Então que se calcule melhor o tempo de abertura do semáforo da Dr. Freitas".
Essa frase disse tudo. O problema é controlar o tempo dos semáforos. Há cinco anos que a 14 de março engarrafa porque os semáforos que vão desde a Diogo Móia até a Bernal do Couto ficam excessivamente fechados pela 14 entre 18 e 19:30 horas. É SÓ NESSE PERÍODO!!!!!!!! Não é possível que ninguém consiga resolver uma coisa tão simples.

Francisco |Sidou disse...

Os gargalos do trânsito de Belém são herança da cultura do atraso. Há mais de 25 anos que temos um projeto da JICA que previa, entre outras obras, elevados nos principais cruzamentos da Av.Almirante Barroso, como Lomas e Humaitá, além de anéis viários no Entroncamento e na Praça do Operário, em São Brás.E havia ainda uma previsão profética dos japoneses da JICA, já confirmada:tais obras seriam indispensáveis para evitar que a cidade parasse, "por volta de 2010"... De lá até hoje, quais as obras feitas ? Um túnel no Entroncamento(que alaga quando chove) e um viaduto meia-sola na Bandeira Branca, onde ele não se fazia necessário, nem estava planejado, pois apenas veio contribuir para conturbar ainda mais os congestionamentos naquele corredor de tráfego. Então, caro PB, esse novo gargalo é apenas mais um para atazanar a vida de motoristas e pedestres em nosso sofrido ir e vir. Na verdade, o que deve ser feito ali é convocar a equipe de Seu Motoki para uma demolição de parte daquele monstrengo e assim permitir que ele atravessasse a Almirante Barroso, por cima, cumprindo então o verdadeiro papel de um viaduto, que nunca foi. Prejuízo ? Quantos milhões não foram gastos naquelas muretas de concreto do BRT jogadas fora pela janela da insensibilidade e do desperdício?