quinta-feira, 4 de março de 2010

Reitor da UFPA jamais se manifestou no processo da Fadesp

O reitor da Universidade Federal do Pará (UFPA), Carlos Maneschy, vai formalizar junto ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) um pedido de reconsideração para reverter julgamento que o condenou por supostas irregularidades na prestação de um convênio firmado em 1998.

Conforme o blog informou no início da tarde de ontem - com base em acórdão publicado no Diário Oficial do Estado -, Maneschy foi condenado a pagar cerca de R$ 12 mil (valor que ainda será corrigido) porque teria sido detectadas irregularidades num convênio firmado entre a Fundação de Amparo e Apoio à Pesquisa (Fadesp) e a Sectam. À época, o atual reitor era o diretor-executivo da Fadesp.

Ontem à noite, ele entrou em contado por telefone com o editor do blog e explicou que durante toda a tramitação do processo no TCE, desde a sua atuação até o julgamento do mérito pelo plenário da Corte, jamais teve a oportunidade de apresentar defesa.

“Eu jamais me manifestei nesse processo e pela primeira vez pretendo fazê-lo agora, depois que tomei conhecimento dessa decisão”, explicou o retirou. Ele disse que, tão logo tomou conhecimento do julgamento, procurou se informar melhor e foi informado, por uma procuradora do Ministério Público junto ao TCE, que ele, Maneschy não teria sido encontrado, todas as vezes em que o procuraram para ser notificado e, com isso, apresentar sua defesa.

O reitor considera esse fato implausível, até porque ele, como figura pública e reitor de uma universidade como a UFPA, poderia ser encontrado até mesmo no seu local de trabalho, após o que teria condições de apresentar suas contestações quanto às irregularidades eventualmente detectadas.

Maneschy ressaltou que nesta quinta-feira deverá ter uma audiência com a presidente do TCE, conselheira Lourdes Lima, a quem oferecerá essas explicações e detalhará as providências que já está tomando para, inclusive, corrigir alguns detalhes que teriam ensejado a rejeição, pela Corte, da prestação de contas do convênio firmado entre a Fadesp e a Sectam.

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