Olhem só.
O pessoal da editoria de Esporte daqui do Espaço Aberto não tolera o Luxemburgo. E a maioria do pessoal que acompanha futebol também.
Mas Luxemburgo é arrogante demais. Acha-se um dos suprassumos da humanidade. Fora as negociações suspeitas envolvendo jogadores.
É um bom treinador? É. Mas tem esses senões apontados acima.
Faça-se, todavia, justiça a Luxemburgo: ele deu um show na entrevista coletiva que concedeu ontem, para explicar sua demissão.
Não deixou pedra sobre pedra sobre esses patrocinadores que, mesmo não entendendo nada sobre futebol, se acham no direito de intervir em tudo no clube que patrocinam. Até na pasta de dente que os atletas vão usar.
É preciso dosar essa parada. É preciso equilibrá-la.
Patrocinador, só porque patrocina, sabe tudo? Pode tudo? Deve dar a última palavra em tudo?
É claro que não.
Os contratos de patrocínio configuram uma parceria.
O clube é remunerado por sua marca. A marca que o patrocina também se beneficia.
Ambos devem ganhar, e não apenas o patrocinador. Aliás, e a rigor, o clube é que deve ganhar. Do contrário, perdem o clube e o patrocinador. Simples assim. Muito simples.
Sobre isso, Luxemburgo disse o seguinte na entrevista:
A diretoria tem pessoas sérias, mas na relação de propostas ela é complicada. O Flamengo trabalha com grupo de gestor. Nós, eu e o Rodrigo Caetano, contratados, não somos ouvidos. O grupo resolve as coisas e não sabe nada de futebol. Podem ser competentes nas suas empresas. O Caetano fica de pés e mãos atados. Esse grupo veta tudo. Que experiência (os dirigentes) têm em futebol? Eles ganham prêmio, saem no NY Times, mas têm que ganhar prêmio no futebol, e o Flamengo é futebol.
E também isso:
O Flamengo tem melhor CT do Rio, mas acanhado demais para quem quer tocar futebol. O CT é o mesmo desde a Patricia. Vamos todos os dias lá, e o Conselho Gestor deveria ir lá e ver como funciona. Os jogadores se uniram agora para comprar uma borracha e colocar no vestiário. E o Conselho Gestor? O clube fez agora um convênio com o Nova Iguaçu, que tem CT melhor que o dos grandes. Convênio de um ano. Não participamos do contrato, nem eu e nem o Rodrigo. Foi o Fred Luz.
Quem aí discorda de Luxemburgo?
Nenhum comentário:
Postar um comentário