Inacreditável.
O presidente da Fifa, Joseph Blatter - esse gigante das boas intenções aí ao lado -, é o cínico
dos cínicos.
Ele comanda a entidade mais corrupta do mundo. A
mais corrupta – sem tirar, nem pôr.
Comanda uma entidade que, de acordo com
investigações já processadas anteriormente a esta de agora, desencadeada pelo
Departamento de Justiça dos Estados Unidos, foi a origem de falcatruas que
envolvem bilhões – sim, bilhões – de dólares, por meio de lavagem de dinheiro,
fraudes fiscais, propinas distribuídas à farta e muito mais.
Pois vejam o que diz Blatter, o cínico dos
cínicos, sobre o novo mar de lama que brota dos porões, dos esgotos da excrescência
que ele dirige:
Devo
salientar que aqueles que são corruptos no futebol são uma minoria, como na
sociedade. Mas, como na sociedade, devem ser pegos.
Os corruptos no futebol são uma minoria?
Blatter, o cínico dos cínicos, não sabe o que
diz. Ou sabe – mas faz que não sabe.
Primeiro, porque os beneficiários de propinas em
negociatas que brotam dos porões da Fifa não são quatro ou cinco. São dezenas.
São centenas. Porque a corrupção nessa entidade podre, e em constante processo
de apodrecimento, não remonta há um mês, nem há dois anos. Remonta há décadas.
Segundo, porque, ainda que os corruptos da Fifa
fossem dois ou três, quatro ou cinco, dez ou 11, isso não vem muito ao caso. O
que importa são os valores envolvidos e o estilo corrupto, degradante, nojento,
asqueroso como a Fifa – e suas congêneres de escalões inferiores – como as
confederações e federações – comanda o futebol.
É assim.
Simples assim.
Mas Blatter, o cínico dos cínicos, faz que não
sabe.
Inacreditável.
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