Do jornalista Francisco Sidou, um artigo que também está em seu perfil no Facebook.
O escritor Adriano Bessa
Ferreira, distinto colega jornalista e também aposentado do Basa, lançou um novo livro que,
modestamente, classifica como opúsculo. "A
honra subjetiva da matriarca" é
uma narrativa sobre momentos de incertezas e angústias vividos pelo autor
quando processado pela ex-presidente do Banco, sra. Flora Valadares, "por injúria, difamação e
calúnia" apenas por ter veiculado na imprensa um artigo polêmico em que
condenava a forma fria e até desprezível com que eram encarados por sua
diretoria os interesses dos aposentados, acrescentando que ela, Dona Flora,
"tratava os aposentados com métodos bem parecidos como Hitler tratava os
judeus."...Li de um só fôlego o livro de Adriano.
Recomendo sua leitura a
todos os colegas e amigos que integram a comunidade bancreveana. É um libelo
contra a postura autocrática de pequenos
títeres burocratas que são
mandados de Brasília para comandar o Banco (continuam sendo mandados no governo
do PT), muitos apenas ostentando uma penca de títulos acadêmicos, mas
totalmente desprovidos de habilidade e sensibilidade no trato com as pessoas e
também de conhecimento sobre a realidade da Amazônia, que o Banco tem como
missão desenvolver tanto sobre o aspecto econômico quanto de preservação ambiental,
em sintonia com a sociedade.
Adriano foi absolvido pela
Justiça (ainda bem para a imagem da justiça paraense), após sofrer muitos
abalos emocionais pela postura intimidatória da "brigada de
advogados" paga pelo Basa para tentar achacá-lo e
condená-lo, apenas por ter criticado a postura arrogante de sua presidente. Mas
não quis entrar com ação de danos morais contra o Banco nem contra sua
prepotente presidente de então. Fez bem, Adriano. Esse pessoal, que se julga
dono do mundo, acaba amargando o esquecimento merecido de seus contemporâneos
quando apeados do poder.
Os áulicos que incensam
seu ego amazônico com mesuras e salamaleques são,como os ratos, os primeiros a
abandonar o porão do navio quando está fazendo água. E pulam em direção ao novo
barco que chega. Em seu livro ele, generosamente, faz referência elogiosa a um
artigo de minha autoria - S.O.S CAPAF -
que também provocou grandes "abalos sísmicos" nos gabinetes do
edifício sede do Basa e três tentativas de cassação de meu
mandato como conselheiro eleito da Capaf.
Apenas por ter revelado certas verdades sobre as responsabilidades e omissões
do Patrocinador, que levaram aquele Fundo de pensão a uma situação
insustentável, de insolvência técnica e atuarial.
Para esconder suas
responsabilidades na gestão temerária da Capaf,
a então diretoria do Basa, à frente a toda poderosa Flora Valadares (governo
FHC), ainda culpava os aposentados e pensionistas por terem ingressado com
ações judiciais para garantir seus direitos violados nas muitas tentativas de
"saldar" o Fundo de Pensão. Procuravam então "fazer a
cabeça" dos novos servidores contra os pioneiros, que enfrentaram todas as
dificuldades, trabalhando sem horário, nos primórdios do Banco.
Contra esse odioso "apartheid" também me rebelei, revelando os fatos
que contraditavam essa versão. Foi um deus-
nos- acuda e o Banco também procurou calar-me na
grande imprensa. Já havia Rita
Lee, mas ainda não essa
tribuna livre das mídias sociais. Acabei desempregado como jornalista. Na
época, escrevia uma coluna em "A Província
do Pará", intitulada "Gente
& Negócios". A coluna foi para o espaço e o jornalista para o
"olho da rua"... Tudo para satisfazer os caprichos do patrocinador
não só da Capaf, mas também de alguns rentáveis anúncios institucionais e da
publicação generosa de seus balancetes e balanços.
Era a censura econômica em
seu esplendor, que continua viva mesmo depois da ditadura militar. Para tanto,
essa gente agora mostra os dentes e as garras para defender a "regulação
da mídia" : calar as vozes que ainda protestam contra seus desmandos,
desvios de condutas e de recursos públicos para fins menos nobres e nada
republicanos.
Valeu, Adriano!
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