PT acredita em aliança com o PMDB. Mas nem tanto.

Petistas paraenses estão animados, mas nem tanto, com o novo quadro partidário que se formou a partir da surpreendente, inesperada filiação da ex-senadora Marina Silva ao PSB do presidenciável Eduardo Campos.
Estão animados porque, acreditam, a rejeição do Rede Sustentabilidade de certa forma evita que os aliados de Dilma se confrontem com um partido que, por ser novo, poderia trazer consigo aquela aura da novidade na política, uma condição que ainda inebria muita gente desiludida com a politicagem, mas que ainda acredita no advento de novas práticas e novos hábitos nesse campo.
A esse ânimo positivo, todavia, contraponha-se o cenário local.
Petistas paraenses - não todos, evidentemente - ainda acham que é preciso primeiro desatar o nó que será administrar as pressões do Planalto e da direção nacional do partido, para que possam fechar uma aliança do PMDB.
Estão certos de que, a continuarem as atuais condições de temperatura a pressão, dificilmente haverá condições de selar uma aliança já no primeiro turno, que garantiria a candidatura ao governo ao ex-prefeito de Ananindeua Helder Barbalho, numa chapa que teria como candidato a vice-governador um candidato petista e como aspirante ao Senado o ex-deputado Paulo Rocha (PT), terceiro mais votado nas eleições de 2010, quando também disputou o Senado.
De qualquer forma, os petistas paraenses - não todos, repita-se - ainda acham que, caso não haja condições de uma composição no primeiro turno, é preciso preservar condições mínimas para uma aliança com o PMDB num eventual segundo turno, se o objetivo comum for, é claro, derrotar os tucanos.
Mas isso já são outros 500.
E ponham 500 nisso.