quarta-feira, 16 de outubro de 2013

PF desfaz rede do tráfico


Uma quadrilha especializada no tráfico internacional de entorpecentes foi desarticulada ontem, durante a operação "Touro Branco", da Polícia Federal (PF). No Brasil, o bando atuava no Pará e em mais quatro estados. A operação foi realizada nas cidades de Cuiabá, Cáceres, Mirassol D’Oeste, São José dos Quatro Marcos, Araputanga, Sapezal, Colíder, Sinop, Sapezal e Rondonópolis, em Mato Grosso; Luziânia, em Goiás; Apodi, no Rio Grande do Norte; São Paulo e Lavínia (interior de São Paulo), além das cidades do Pará.
Os agentes da PF saíram às ruas para cumprir 17 mandados de prisão preventiva, três de prisão temporária e 20 de busca e apreensão. Até o começo da tarde, 16 prisões foram confirmadas, quatro delas no Pará. Os mandados de prisão foram expedidos para cumprimento em Belém, Santarém (dois mandados) e Paragominas. Além do cumprimento dos mandados, também foi determinado pela Justiça Federal de Cáceres, onde tramita o inquérito policial, o bloqueio de bens e valores de propriedade dos investigados.
Durante a ação, três aeronaves usadas pela quadrilha foram apreendidas - uma em Belém e as demais nas cidades de Sinop e Colíder, no Mato Grosso. Os policiais federais ainda tentam localizar dois aviões citados na investigação.
Em Belém, a PF prendeu a paraense Suely da Costa Santana, de 50 anos, na casa dela, localizada na travessa Enéas Pinheiro, no bairro da Pedreira. Ela foi conduzida para a sede da PF e, depois de ouvida, encaminhada ao Centro de Recuperação Feminino (CRF), em Ananindeua, onde permanecerá à disposição da Justiça Federal do Mato Grosso. Também acusado de envolvimento com o tráfico, o marido de Suely foi preso, mas em Mato Grosso. Uma prisão por posse ilegal de arma de fogo também foi feita durante a operação.
De acordo com a PF, a investigação, iniciada há um ano e meio, identificou que as drogas chegavam à região da fronteira de Mato Grosso com a Bolívia por meio de aeronaves. Em seguida, a droga era ocultada em áreas rurais da região até ser transportada aos mercados consumidores.
O superintendente da PF em Mato Grosso, Élzio Vicente da Silva, confirmou que as aeronaves eram usadas para transporte da droga entre Bolívia e Mato Grosso. "Verificamos a existência de uma organização criminosa que se uniu para entregar droga em vários pontos do País. Eles utilizavam principalmente essas aeronaves que traziam entorpecente da Bolívia. Eles pousavam em pistas clandestinas e faziam esse repasse de droga".
A maior parte da droga vinha da Bolívia. Todos os suspeitos começaram a ser ouvidos, ontem pela manhã. Outros policiais continuam a operação para prender o restante dos suspeitos.

Nome - A operação recebeu o nome de "Touro Branco" porque os traficantes usavam o termo constantemente durante as negociações envolvendo os entorpecentes, tentando simular a compra e venda de gado para despistar a polícia em eventuais interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça Federal.

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