Hehehe.
Aprendam com a Venezuela, meus caros.
Aprendamos com a Venezuela, minhas caras.
Abeberemo-nos das experiências práticas dos venezuelanos.
Confiram nas imagens dos últimos dias, que as emissoras de televisão têm mostrado.
Todos os entrevistados têm uma exemplar da Constituição nas mãos.
Os exemplares são pequeninos, muito parecidos com aqueles que o Congresso mandou fazer, aos milhares e milhões, para distribuir no Brasil inteiro, logo após ser promulgada a Constituição de 88.
Que coisa mais bacana.
Que coisa mais edificante, mais cidadã (ufa!).
Que coisa mais bacana, edificante e cidadã imaginar-se cada brasileiro com uma Constituição nas mãos, folheando-a - ou compulsando-a, para usar termo que mais se afeiçoa aos dotores juristas - no boteco, num final de semana, enquanto os circunstantes e punham a consertar o mundo com régua e compasso durante animados, acesos e etílicos debates.
O mesmo está ocorrendo na Venezuela, ora pois.
Trocentos e tantos, milhares, milhões de venezuelanos estão dando pitacos sobre os efeitos da iminente ausência da Hugo Chávez da posse marcada para amanhã.
Brandindo a Constituiçãozinha - ah, coitada! -, manifestam-se os venezuelanos a favor ou contra.
Parte é a favor da tese de que a ausência de Chávez da posse forçaria a convocação de novas eleições em 30 dias.
Os contrários a essa tese sustentam que uma eventual ausência implicaria esperar até 180 dias para as novas eleições.
É o que diz a Constituição, afirma uns e outros.
Sim.
E aí?
E aí que só uma instância, na Venezuela, pode afinal decidir sobre isso: a Suprema Corte do país, que lá tem a denominação de Tribunal Supremo de Justiça, o TSJ.
Mas ninguém, entre os oposicionistas da Venezuela, deu-se o trabalho de fazer consulta formal ao TSJ.
Putz!
A falta de iniciativa em provocar o TSJ talvez seja porque há muitos - milhares e milhões - de exemplares da Constituição circulando entre os venezuelanos.
Só pode ser.
Com todo o respeito!
Um comentário:
La Constitucion soy yo.
Postar um comentário