segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Prédio do Sindmepa preocupa moradores do Umarizal


Em tempos de desabamento, as aflições se justificam.
É o efeito "Real Class", vocês sabem.
É evidente que nem todas as aflições são justificáveis.
Mas algumas são pertinentes.
E para que sejam desfeitas, convém demonstrar, à plenitude, inequivocamnte, que são injustificáveis.
As aflições de moradores da rua Boaventura da Silva, no trecho entre Generalíssimo e 14 de Março, são, por exemplo, justificáveis.
É nesse pedaço valorizadíssimo do Umarizal que está a obra que vocês veem acima.
As fotos foram feitas pelo próprio blog, no último sábado à tarde.
As imagens - cliquem para ampliá-las - mostram o novo prédio do Sindicato dos Médicos do Pará (Sindmepa). Observem, no detalhes, que não dá para ver o nome do responsável pela obra, porque a placa está encobert por uma faixa.
O prédio está quase pronto.
São três pavimentos.
Mas na parte de trás, que não aparece bem na foto, a altura equivale mais ou menos à de um prédio de cinco andares.
Está bem, cinco andares - vocês dirão - não são os 34 do "Rel Class", que ruiu sobre si mesmo no dia 39 de janeiro passado.
Mas cinco andares, nestes tempos, são preocupantes.
Se até um andar já é, imaginem cinco.
Moradores da área acionaram o blog por um motivo simples - e preocupante: o prédio original que estava neste mesmo lugar era uma casa térrea.
Agora ergue-se no mesmo pedaço um prédio com altura equivalente a cinco andares.
Moradores das redondezas têm preocupações relativas a essa obra.
Uma delas - e fundamental: as fundações estão compatíveis com o porte da nova edificação?
Sim, porque antes o que havia ali era uma casa térrea.
Agora, é um prédio que equivale a um de quatro ou cindo andares.
As obras de engenharia incluíram trabalhos de uma nova fundação?
Ninguém sabe.
Os moradores vizinhos, pelo menos, não acompanharam essa etapa da construção do prédio. Quando deram por si mesmos, os novos pavimentos já estavam erguidos. E o prédio se mostrava quatro ou cinco vezes mais volumoso - em termos de área construída -, em relação ao imóvel térreo que antes havia.
O Espaço Aberto entrou em contato com o Sindmepa, que, através de sua Assessoria de Imprensa, remeteu a seguinte nota:

O Sindicato dos Médicos do Estado do Pará (Sindmepa) informa que a obra realizada em sua sede cumpre os padrões técnicos necessários, obtendo, portanto, as licenças legais exigidas para uma construção desse porte. Todo o trabalho realizado no imóvel é acompanhado por uma equipe de profissionais com credibilidade e competência reconhecidas no mercado local da construção civil.

Ótimo.
Ressalte-se como positiva a consideração do Sindmepa em informar que as obras "cumprem padrões técnicos necessários".
É um alento, igualmente, saber-se que "as licenças legais exigidas para uma construção desse porte" foram obtidas.
Mas nestes tempos, em que qualquer construtora, se questionada sobre um obra, dirá que também dispõe de licenças legais, que cumpre padrões técnicos e tem uma equipe de profissionais de credibilidade, nestes tempos, portanto, não seria mais prudente, mais transparente e mais cauteloso ser mais explícito?
Enfim, registrem-se as informações do Sindmepa.
Mas também registrem-se as aflições dos moradores próximos ao prédio.
Aflições, ressalte-se, que continuam.

2 comentários:

Anônimo disse...

Sujismundo matinal.
Bernal do Couto quase esquina da D. Romualdo Coelho, 6:30 da manhã de hoje.
Uma caminhonete Chevrolet Montana preta estaciona ao lado de um monte de lixo. O "educado", de bermudas e camiseta, desce e desembarca um monte de galhos de árvore (provavelmente cortados do "seu pomar")e tranquila e descaradamente amontoa elevando ainda mais a montanha de porcarias no passeio público!

O porcolino sai e deixa o rastro da sua péssima educação, certo da impunidade, sob os olhares dos passantes!
Tãããão Belem...pobre Belém.

Anônimo disse...

Mesmo fora do assunto principal, como aqui é um espaço aberto, é bom que se vá registrando essas coisas erradas da nossa cidade. Então, para que os mal cidadãos sintam uma pressão maior, vamos andar com uma caneta - ou outro disposivo para registro fotográfico - e um papel em nossos bolsos para anotar as chapas e outras informações sobre esses fatos. Há poucos dias, lá pelas 10 e pouco da manhã, na Roberto Camelier, quase um carro - não anotei a placa - com pintura na lataria "Hospital Amazônia", com o seu motorista dirigindo perigosamente, só não me albalroou porque evitei, deixei ele passar mesmo estando na preferência. Pois é, não era ambulância não.