Não se sabe ao certo como se deram os conchavos em relação à CPI da Biopirataria. Mas é certo que uma indisfarçável preocupação dominava o ambiente do escritório da senadora Ana Júlia em Belém.
Heineck foi apresentado aos petistas como um quadro da DS e especialista em marketing político. A ele caberia qualificar o marketing do mandato da senadora e, em caso de candidatura ao governo do Estado do Pará (não havia certeza quanto a essa candidatura, no início de 2006), coordenar o marketing da campanha.
Sua Senhoria chegou a Belém cheio de moral.
Cacifado que estava por Soriano, ele era o cara.
Verdadeiramente, o cara.
Na campanha, fez algumas coisas interessantes.
Fez algumas coisas que os ditos especialistas não fariam, mas ele fez.
No primeiro turno da campanha de 2006, Heineck, com seu incontrastável poder de convencimento, convenceu a então candidata Ana Júlia a ajuizar ação contra a aparição do presidente Lula no programa do peemedebista José Priante.
Ana Júlia estava, naquela ocasião, internada no Hospital Porto Dias, restabelecendo-se de cirurgia numa perna que ela quebrara numa queda em Canaã dos Carajás.
A ação era despropositada, porque Priante era um aliado potencialmente importante para Ana Júlia, num eventual segundo turno.
E foi, como se viu.
Heineck, o especialista em marketing, foi aconselhado a deixar de lado a ideia de propor a ação.
Mas começou a mostrar, nesse episódio, que seus poderes, especialidades à parte, era mesmo incontrastáveis.
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