sexta-feira, 11 de junho de 2010

Festival das Juventudes: nem ao céu, nem à terra

No Juventude em Pauta (atualizadíssimo), sob o título acima:

Reunir 4,5 mil jovens, numa atividade impulsionada por um governo de esquerda (Prefeitura de Fortaleza), para aproximar idéias, propostas e ação de alguns movimentos juvenis é uma iniciativa importante, seja para avançarmos nas políticas/agenda pública de juventude ou para contribuir para a coesão da sociedade civil juvenil na disputa de rumos do país.
Mas, daí tomar o Festival das Juventudes, que aconteceu no fim de semana passado, como "o" espaço de articulação do conjunto da juventude organizada, ainda que só a de esquerda, é um exagero completo. O Festival, com sua produção política assinada por 12 organizações (CUT, UNE, MST, Pastoral da Juventude, Marcha Mundial das Mulheres, UBES, Movimento Música Para Baixar, Fórum Nacional de Movimentos e Organizações Juvenis, Rede Sou de Atitude, Fórum Estadual de Juventude do Rio de Janeiro, Movimento Hip Hop Organizado e Movimento Negro Unificado) está longe disso, aliás.
Ele sequer pode se comparar ao pleno do Conjuve, à Assembléia de Eleição do Conjuve, ao próprio Congresso da UNE, para não citar a I Conferência Nacional de Juventude ou os encontros nacionais de conselhos de juventude, em representatividade e legitimidade (leia post abaixo). Então, tomar a carta final do Festival como a legítima expressão da "juventude brasileira", ainda que pretensamente de sua vanguarda política, é puro fetiche.

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