quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Greve para quase tudo

No AMAZÔNIA:

O primeiro dia de paralisação dos servidores do Departamento de Estadual de Trânsito (Detran) suspendeu quase todos os serviços de atendimento realizados pelo órgão. Apenas o agendamento eletrônico, pelo telefone 154, e a realização de exames médicos e psicotécnicos funcionavam normalmente, pois são serviços terceirizados. Durante todo o dia de ontem, os funcionários estiveram reunidos em frente à sede do órgão, na rodovia Augusto Montenegro.
Cerca de 1.700 atendimentos deixaram de ser realizados em todos os postos do Detran instalados nos municípios do interior do Estado. Além das três unidades de Belém, os postos localizados nos municípios de Parauapebas, Redenção, Salinópolis, São Miguel do Guamá, Abaetetuba, Paragominas, Bragança, Capanema, Mãe do Rio, Santarém, Itaituba e Marabá aderiram à paralisação. A greve dos servidores do Detran é por tempo indeterminado.
Com a greve, que contou com a total adesão dos servidores, deixaram de ser realizados aproximadamente 500 atendimentos só na sede do Detran. Todos os serviços prestados pelo órgãos foram afetados. Entre eles, os atendimentos de emissão de Carteria Nacional de Habilitação (CNH), retirada de segunda via de documentos, licenciamento e vistoria de veículos e exames práticos e legislação.
A greve tem como principal reividicação a aprovação do Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações (PCCR) do funcionário do departamento. O presidente do Sindetran, Elias Monteiro, afirmou que as negociações com o governo estadual não avançaram, no que diz respeito à preparação do plano aos servidores. Segundo ele, as promessas de reestruturação do plano se arrastam por mais de um ano e ainda não foram solucionadas pelo governo.
'Se não quiserem negociar, nós vamos radicalizar. Queremos sentar com o governo para negociar. Além do plano de cargo e carreiras, estamos reividicando progressão funcional, gratificações para agentes de trânsito e examinadores, insalubridade, melhorias dos salários, que estão na base de R$ 510,00', afirmou.
No total, só em Belém, 1.200 servidores cruzaram os braços. Com adesão total, nem os 30% dos funcionários, garantido por lei estava sendo cumprido no órgão. O presidente Elias Monteiro explicou que o Detran não era considerado serviço essencial e nenhum mandado judicial foi expedido, obrigando o cumprimento dos 30%. 'Todos os serviços continuam paralisados até que a nossa situação seja resolvida e nos chamem para negociar, porque já foi feita a proposta do plano e o governo não aceitou', disse.

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