No AMAZÔNIA:
Desde que assumiu a direção do Paysandu, no final do ano passado, o treinador Édson Gaúcho deixou claro que não é chegado a invenções táticas. O comandante bicolor definiu o tradicional sistema 4-4-2 como a forma de jogo da equipe e é assim, no 'feijão com arroz' que o Papão vem atuando no Parazão. Gaúcho chegou a dizer que poderia até variar o sistema para o 3-5-2, mas em quatro jogos no Estadual, ele não se arriscou a adotar outro tipo de estratégia que não fosse a formação com apenas dois zagueiros. O treinador repete o esquema para o confronto de hoje, contra o Remo, quando o Papão vai retomar a liderança da competição.
A partir da estreia do apoiador Vélber, ocorrida no segundo tempo do jogo com o Time Negra, transformou o meio-campo na principal arma do time alviazul. Jogando ao lado de Rossini, outro meia habilidoso, Vélber conseguiu injetar mais poder de criação ao time e, consequentemente, uma maior força ofensiva. A importância de 'Risadinha' à equipe pôde ser facilmente percebida no jogo em que o Papão não foi além de um empate (1 a 1) diante do Ananindeua. A saída do meia, no segundo tempo, desarrumou a equipe, que foi dominada os 45 minutos finais pelo adversário.
Outro aspecto positivo do Paysandu, pelo menos nos dois últimos jogos, sobretudo o disputado contra a Tartaruga, são os laterais, que além da boa marcação, têm conseguido apoiar o ataque. Alex Sandro, que estreou no jogo passado, deixou uma boa impressão, sendo, inclusive, o autor da assistência que culminou no único gol da equipe. Mas nem tudo são flores no jardim alviazul. Também há espinhos. O miolo de zaga, apesar da grande evolução a cada partida, ainda se mostra pesado, com a dupla Roni e Luciano precisando de mais jogos para se entrosar.
Outro ponto desfavorável é o ataque. Dos 11 gols marcados pelo time, apenas três foram marcados pelos jogadores de frente: Zé Augusto e Zé Carlos. Os demais foram todos anotados por jogadores do meio-campo: Rafael Oliveira (três), Rossini (dois) e Zeziel e Mael (um cada). Para sair do Mangueirão com uma vitória, o Papão deverá explorar a habilidade dos meias Vélber e Rossini e acionar com eficiência os laterais Alex Sandro, pela direita, e Aldivan, pela esquerda.
O técnico Gaúcho tem acionado o banco de reservas, mas as mudanças nem sempre conseguem corresponder. No último jogo, por exemplo, a entrada de Rafael Oliveira, no posto de Vélber, prejudicou mais do que ajudou o time. Com isso, pode-se afirmar que o técnico não conta com munição declaradamente eficiente para surpreender no segundo tempo.
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