No AMAZÔNIA:
Um excelente policial. Assim o comandante da Companhia Independente de Policiamento Escolar (Cipoe), major Janderson Viana, definiu, ontem à tarde, o soldado PM Emanuel Borges da Silva, de 29 anos, que morreu baleado durante um assalto, na última terça-feira, no bairro do Una. As palavras do oficial da PM foram ditas pouco antes do sepultamento do corpo do soldado, que ingressou na corporação há quatro anos, tempo em que estava na Cipoe, a unidade da PM responsável pelo policiamento escolar. Casado, Emanuel era pai de um filho de quatro anos.
O enterro dele, no cemitério Parque da Eternidade, no município de Marituba, também foi um momento de desabafo. Uma policial militar falou sobre o sentimento de muitos de seus colegas de farda. Antes do caixão descer à sepultura, o que ocorreu por volta das 16h40, ela pediu providências às autoridades e aos representantes dos direitos humanos, que, 'de direitos humanos só têm o nome'. A PM afirmou que, para a sociedade, a morte do soldado Emanuel, como ele era conhecido na corporação, é só 'mais um crime'.
Ela lembrou que, ao ser abordado na rua por um policial militar, o cidadão costuma dizer que ele, cidadão, é quem paga o salário do policial. 'Mas nós também pagamos nossos impostos', afirmou. E acrescentou que, muitas vezes, o PM é tratado como 'lixo', embora, acrescentou, o lixo acabe sendo melhor tratado, porque pode ser reciclado. E continuou: 'Ninguém percebe que os meliantes se multiplicam, apesar de nós os prendermos'. Ao afirmar que os policiais militares trabalham para manter a ordem, a PM classificou como 'lamentável e dolorida' a morte do soldado Emanuel. A PM, que pediu para não ser identificada, disse ainda que, por ironia, o militar da Cipoe fazia palestras nas escolas sobre violência e combate às drogas.
Ao terminar suas palavras, foi aplaudida. Subcomandante da Cipoe, a capitã Maria definiu Emanuel como um 'filho'. Ela disse que, após a morte do militar, os PMs não pararam suas atividades e prenderam os acusados de envolvimento no crime. 'Essa guerra é nossa. Vamos combater o crime. Não vai ficar impune a morte de nosso amigo', completou a capitã, também aplaudida. Atualmente, o soldado trabalhava como motorista da subcomandante da Cipoe. Mãe da vítima, dona Sebastiana mal conseguia falar, tomada pela emoção. Ela também destacou o quanto Emanuel era um bom filho e um bom policial. 'Sinto orgulho dele', disse, acrescentando que 'não pensei que ele fosse se acabar assim, de forma tão dolorosa'. E completou: 'Deus leve meu filho em paz'.
Comandante da Cipoe, o major Viana disse que o soldado Emanuel era atencioso e esforçado. E, também, muito querido pela tropa, tanto pelos oficiais quanto pelos praças. Nas horas de folga, era bastante estudioso, pois pretendia fazer concurso, sempre em busca de algo melhor para si e para a família. Filho prestativo, disse ainda o major Viana, o soldado ajudou na construção da casa de sua mãe. Tendo ingressado na corporação em 2005, ele já havia trabalhado como motociclista da Cipoe, atuando na ronda escolar. Também proferiu palestras em escolas públicas e, atualmente, era o motorista da subcomandante daquela companhia da PM. O velório do soldado ocorreu em uma Assembléia de Deus localizada na rua da Providência, no município de Ananindeua. Abalados emocionalmente, seus familiares preferiram não dar declarações à imprensa e também não autorizaram que fossem feitas imagens dentro do templo.
2 comentários:
Policiais Militares são funcionários públicos e, por isso, tem uma seguridade garantida. Diferente dos marginais que eles mesmos ajudam a criar seja por sua arrogância no trato com a população que deveriam defender, que humilham, que não dão chances de defesa ou pela conivência com os marginais. Por outro lado bandidos não se multiplicariam caso uma série de fatores fosse encarada de frente, com seriedade. Uma sociedade que investe muito em policiamento e presídios de fato prepara a sociedade para usá-los. Ao contrário é preciso investir em Educação Comprometida que prepare jovens para terem oportunidades de fato, para serem conscientes. Se os policiais acham que são lixo para a populção estão apenas recebendo de volta o que fazem com ela!
Quem postou o comentário acima não sabe da realidade enfrentada por um policial militar.e não anda nas ruas como um cidadão comum concerteza anda com seguranças ao redor ou faz parte dos "direitos humanos" pessoas que não sabem conceituar direitos humanos.você que postou o recado acima pode ser definido como um parasita busque no dicionário o significado da palavra.
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