No AMAZÔNIA:
O cabo PM Rossicley Ribeiro da Silva, da Ronda Tática Metropolitana (Rotam), conta que não faz bico porque é solteiro e não tem filhos. 'Eu consigo viver com o meu salário porque eu não tenho um pinto para dar milho. Mas os colegas que são casados e têm filhos acabam tendo que fazer para conseguir uma renda extra', disse o PM. 'Mas é claro que a gente luta pelos nossos direitos, por melhoria salarial para todos', acrescentou Rossicley, que tem 15 anos de corporação e recebe salário de R$ 1,3 mil.
O policial conta que já fez escala remunerada e que essa é uma forma de melhorar a renda. 'Com certeza ela (escala remunerada) só vem ajudar na renda do policial porque é um dinheiro a mais que entra', disse Rossicley, acrescentando que na Rotam não está tendo mais a escala remunerada. 'Se tivermos um reajuste salarial que melhore de fato nosso salário, com certeza os policiais deixarão de fazer o ‘bico’ porque todo mundo vai preferir, claro, trabalhar só na corporação', concluiu.
A Associação de Mulheres e Familiares dos Militares do Estado do Pará PM/BM (Amfamipa) solicitou ao Consep uma reunião extraordinária para discutir um projeto habitacional e outras melhorias para os PMs. A presidente da associação, Feliciana Mota, reconhece que houve investimentos em estrutura, mas diz que a entidade e a categoria continuarão lutando por valorização profissional. 'A maioria dos PMs mora em áreas periféricas, onde são vizinhos de traficantes e outros marginais. Quando eles saem para trabalhar, deixam suas famílias desprotegidas', disse Feliciana.
Na reunião, que deve acontecer após o carnaval, representantes da categoria dos militares, governo, Caixa, Cohab e Centro Social da PM irão discutir a construção de residenciais para famílias de militares, com condições de infraestrutura e segurança, e em áreas mais próximas ao centro.
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