No Quinta, sob o título acima:
Passa o Carnaval em seu um por andar na Avenida Atlântica o deputado Luiz Sefer (DEM). Viajou para o Rio com muitas interrogações na cabeça, sem nenhum tesão para pular na folia.
Pensa na dura conversa que teve com o presidente regional de seu partido, Vic Pires Franco, e no prazo que recebeu - uma semana - para decidir se pedirá desligamento do Democrata, ou se prefere ser expulso.
Pensa também nas sugestões que tem ouvido nos corredores da Assembléia para renunciar ao mandato, eximindo seus convencidos pares de fazê-lo.
Pensa se é mesmo verdadeira a declaração que diz ter ouvido do deputado Domingos Juvenil (PMDB), presidente da Casa, de que está tudo bem e ele não precisa se preocupar.
Pensa no que representa o silêncio e a frieza de seus pares, ao ouví-lo em seu último pronunciamento na tribuna.
Pensa como vai ser inquirido pelo senador Magno Malta (PR-ES) na primeira semana de março. Pensa - e se treme todo ao fazê-lo - como vai ser o depoimento da menor que o acusa de pedofilia.
Pensa no que dizem às suas costas, por onde anda, sobre suas atitudes e seus desejos. Pensa no que o aguarda mais adiante, se for condenado.
Mais magro pelo menos 10 kilos desde que as denúncias vieram à tona, Sefer ainda encontra forças para aparecer na Assembleia Paraense, o clube, com sua raquete de tênis. Sente-se desprotegido, abandonado, frágil.
Sabe o que virá pela frente. Expulso ou sem partido, renunciado ou cassado, sem o calor do mandato, perderá, paulatinamente, seus contratos como Estado. Começará a ser fiscalizado como nunca dantes pelas auditorias do sistema de saúde.Vai descer a ladeira.
Sefer considera a idéia de transferir-se em definitivo para o Rio de Janeiro, sabe-se lá quando.
Talvez antes do Rio tenha que morar num outro endereço, menos carnavalesco.
Um comentário:
Realmente o Juca tem razão;ACABOU SEFFER.
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