No AMAZÔNIA:
Conscientizar a comunidade do entorno sobre a importância da preservação ambiental. Foi assim que os militares da Estação Radiogoniométrica da Marinha, na rodovia Augusto Montenegro, conseguiram conter as invasões das matas da instituição. Por meio do projeto Força no Esporte, do Ministério da Defesa e Desenvolvimento Social, estudantes de duas escolas públicas da área participam de diversas atividades educacional, esportiva e de lazer nas dependências da própria Marinha.
A idéia é aproximar as crianças da instituição militar que funciona na comunidade do bairro da Marambaia. 'Se antes eles tentavam pular o muro, agora eles estão conhecendo o trabalho da Marinha de perto', explciou o capitão-de-corveta da Estação Radiogoniométrica da Marinha Alexandre Bessa, um dos entusiasta do projeto.
Durante as ações do projeto, as crianças recebem duas refeições e exercem atividades diárias, além de aprender a amar o meio ambiente. 'Atualmente estamos com 100 crianças no projeto e todos demonstram muita satisfação em fazer parte das atividades nas dependências de nossa instituição', disse o militar.
Nas matas da Marinha vivem camaleões, micos, cobras e pássaros. Árvores, plantas e frutos, que são elementos da biodiversidade da Amazônia são preservadas em plena a cidade. As Forças Armadas cuidam dos locais, que para muitos é sinônimo de preservação ambiental.
A área do Grupamento de Fuzileiros Navais de Belém, localizada na Rua da Marinha, no bairro da Marambaia, é outro ponto aonde é possível encontrar pequenos animais silvestres circulando entre o verde da mata fechada. A educadora Fátima Figueiredo, de 47 anos, reside há 12 anos próximo à área do Grupamento Naval. Apesar do medo que ela sente dos camaleões e cobras, Fátima não vê problemas com a vizinhança silvestre. 'Gosto de morar próximo de área verde, pois me sinto mais perto da natureza, sem falar que os animais dão mais vida ao espaço. Tenho medo dos camaleões, mas nem mesmo eles me afastaram do local', afirmou a educadora, enquanto admirava o verde da área.
O aposentado Tadeu de Souza Melo, de 63 anos, que reside em frente à mata da Estação Rádio da Marinha, se considera um privilegiado por morar tão próximo de uma área verde. 'Moro próximo de área militar há 20 anos e acho essa mata fantástica, pois nos remete ao clima rural em plena centro da cidade. Quando o vento bate forte nas árvores me sinto bem mais próximo da natureza', afirmou Tadeu, que revela a distração dos netos nos finais de semana. 'Sentamos na porta de casa e meus netinhos ficam olhando para a mata na esperança de ver um macaquinho. No passado, a presença dos animais era mais frequente, agora eles estão mais arredios, pois sentem medo de nossa aproximação', comentou o aposentado.
A estudante Janaína Vilhena Prado, de 18 anos, destaca a riqueza existente do local. 'É uma área muito grande e de mata fechada, o que significa que o local ainda guarda riquezas da fauna e flora da cidade. A preservação da mata por parte da Marinha é fundamental pois é um espaço que retrata a natureza que ainda temos na cidade', completou a estudante.
Mas nem todos demonstram satisfação em residir próximo de uma área militar. 'Confesso que não gosto de morar aqui na Rua da Marinha, pois essa mata deve esconder vários bichos, principalmente cobras perigosas. Quando mudei para esta rua a mata já existia, mas confesso que tinha a esperança de que o crescimento urbano acabasse com a mata', revelou a vendedora Verônica Castro, de 42 anos. A rua da Mata está encravada em pleno bairro da Marambaia e representa um dos poucos espaços arborizados da área e adjacências.
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