terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Médicos pressionam planos de saúde e usuários ficam na mão

No AMAZÔNIA:

Enquanto Golden Cross, Hapvida, São Brás Saúde, Sulamérica e Saúde Bradesco não se adequarem a tabela de pagamento nacional dos médicos, conhecida como Classificação Brasileira de Honorários Médicos (CBHPM), os usuários dos planos de saúde terão que pagar para se consultar, realizar exames ou procedimentos cirúrgicos.
Segundo o diretor do Sindmepa, Wilson Machado, a medida foi adotada pela Comissão Estadual de Honorários Médicos do Pará (CEHM) - composta por membros do Conselho Regional de Medicina (CRM), Sindicato dos Médicos do Pará (Sindmepa) e Sociedade Médico-Cirúrgica do Pará - para forçar os donos dos planos de saúde a pagarem um salário digno aos trabalhadores.
O diretor do Sindmepa informou que os pacientes destes planos de saúde estão sendo atendidos somente em caráter particular, pois os empresários, segundo ele, atuam com uma política de exploração do trabalho dos profissionais da saúde com o pagamento de salários muito abaixo do que a qualificação exige.
Isso significa que, caso uma pessoa seja usuária de um dos planos citados, ela não terá assegurados os direitos básicos deste tipo de serviço, mesmo estando em dia com o plano.
Após o pagamento de um procedimento médico, os pacientes devem procurar a sede do plano de saúde para serem reembolsados. Caso não sejam ressarcidos, segundo Wilson Machado, as empresas podem enfrentar sérios problemas devido ao número de queixas de usuários, que deve aumentar consideravelmente.
A tabela CBHPM está em vigor desde 2003 e determina o valor mínimo do pagamento de cada procedimento médico, que varia de acordo com sua complexidade. Para que ela seja cumprida, a comissão diz que está tentando, desde 2004, negociar com os empresários. 'Eles podem até querer pagar mais, mas jamais devem pagar menos que o mínimo estipulado para determinado procedimento', ressaltou.
As informações sobre o assunto já foram encaminhadas ao Ministério Público.

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