domingo, 22 de fevereiro de 2009

Leão repete o drama de 2008

No AMAZÔNIA:

É assim desde que conquistou primeiro título do bicampeonato paraense, em 2007. Fica para o segundo turno o que o Remo não conseguiu fazer no primeiro. E, desta vez, tem cara de replay a campanha de recuperação azulina, que começa apenas no dia 8 de março, diante do algoz São Raimundo, no Colosso do Tapajós, em Santarém. Como nos últimos dois anos, quando perdeu o primeiro turno e conquistou o título após levar o returno, o clube aposta na contratação de reforços e na força de sua torcida para conquistar o tricampeonato.
Explicações para o que já se tornou rotina? Os jogadores preferem não procurar culpados. Mas é impossível não associar mais uma largada ruim à falta de dinheiro para grandes contratações, à demora para o início dos treinamentos e às constantes mudanças na escalação da equipe. Em apenas oito jogos, o Leão Azul já utilizou 29 atletas.
Cheio de problemas para armar uma equipe realmente competitiva - inicialmente contava apenas com garotos recém-saídos das divisões de base do clube -, o técnico Flávio Campos deve apostar no atacante Bebeto como principal referência no setor ofensivo, no qual poderá ter a companhia do irmão, o habilidoso Léo Oliveira. Outra aposta é o grandalhão Edinho, também recém-chegado ao Baenão e que já demonstrou ter faro de gol na semifinal diante do São Raimundo - foi dele o gol de empate remista.
Nas demais posições, praticamente a mesma equipe que vinha atuando nos últimos três jogos pela Taça Cidade de Belém. A única mudança será a possível entrada do zagueiro Márcio Pereira, que finaliza um trabalho específico de recondicionamento físico. A expectativa é que o jogador de 37 anos, ao lado de Rogério Corrêa, dê ao setor defensivo da equipe a experiência e segurança ausente na primeira metade da competição.
No meio-campo, Jaime segue como o centro de gravidade da equipe. Integrado ao elenco azulino na metade do turno, o meio-campista promete crescer de produção na medida em que também evolui nos aspectos físico, técnico e de entrosamento com o restante do time.
'Mudança, às vezes, melhora, às vezes piora. Desde o começo do ano, é difícil a gente manter até mesmo uma equipe, muda uma coisa, muda outra, isso atrapalha', analisa Jaime. 'Sabemos que é ruim [mudar], mas faz parte do futebol. Esperamos ter uma sequência maior com a definição de uma equipe titular', declara o volante Beto.

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