No AMAZÔNIA:
Depois do tumulto de anteontem durante a desocupação de um terreno no km 5 da Augusto Montenegro, o clima entre os integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto Urbano (MSTU) é de espera e persistência. Cerca de 150 pessoas continuam acampadas às proximidades da propriedade, localizada ao lado do prédio da Secretaria Municipal de Economia (Secon). Nem a presença de três vigilantes particulares da empresa Falcon e uma viatura da Rotam, do outro lado da pista da rodovia, intimidou os manifestantes.
Há quase um mês, os populares ocupam o terreno, que até recebeu o nome de Assentamento Oito de Maio. Eles improvisaram o abrigo com lonas, pedaços de plástico e redes. No total, são 380 famílias que reivindicam a permanência na área de quase 42 mil metros quadrados.
Os desabrigados não falam sobre a ação da Polícia Militar. O único que se pronuncia sobre o assunto é o coordenador estadual do MSTU, Marcos Pinheiro. Segundo ele, o Movimento deve procurar o Poder Público para responsabilizar criminalmente o empresário proprietário do terreno - supostamente um dos irmãos do ex-prefeito de Belém, Augusto Rezende. Manoel Lopes da Cunha, 47, levou um tiro na perna e precisou ser internado no Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência, em Ananindeua.
'Eles quebraram o braço de um rapaz e atiraram também. Cerca de dez pessoas foram feridas e elas serão encaminhadas para fazer exame de corpo de delito', informou Marcos Pinheiro.
Os sem-teto continuam no acampamento por tempo indeterminado, segundo a coordenação do MSTU. Até ontem de manhã, não houve qualquer conflito envolvendo policiais, ocupantes e seguranças particulares.
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