quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Ilegais na mira do Ibama

No AMAZÔNIA:

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) fecha o cerco contra a pesca predatória e a extração de madeira ilegal no Pará com a operação Janaína, iniciada na última segunda-feira, dia 2. A ação de combate a todo e qualquer tipo de crime ambiental abrange principalmente as áreas da Região Metropolitana de Belém, ilha do Marajó, foz do rio Tocantins e costa atlântica do Estado. Participam também a capitania dos Portos, Polícia Militar e Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema). A operação ocorre por tempo indeterminado.
De acordo com o superintendente do Ibama no Pará, Aníbal Picanço, a fiscalização será feita por via aérea com um helicóptero, tendo apoio pela parte terrestre com 20 viaturas, além de lanchas fluviais mais velozes que podem atingir a velocidade média de até 100 Km/h. Uma das dificuldades relatadas por Picanço é conseguir o acesso fácil pelos rios às áreas de mata onde funcionam serrarias ilegais de madeira. Com a verba liberada pelo Governo Federal, foi possível a compra dos equipamentos de transporte adequados para as vistorias.
'É uma operação jamais realizada. Vamos combater todos os ilícitos ambientais. O helicóptero sobrevoará a região e assim que detectar o transporte ilegal de madeira e pescado, serão acionadas as equipes para fazer a apreensão. O nosso objetivo não é lavrar autos de infração, mas sim coibir, evitar que os atos ilícitos ocorram', enfatizou o superintendente do Ibama. Quarenta fiscais monitoram as áreas envolvidas na operação Janaína, cujo nome na mitologia brasileira corresponde à Iemanjá, a rainha do mar e das águas.
O Ibama pretende também bater de frente contra o tráfico de drogas pela malha fluvial paraense. O monitoramento será de segunda a domingo durante 24 horas.
Em janeiro deste ano, o Ibama no Pará aplicou mais de R$ 1, 5 milhão em multas e lavrou 112 autos de infração por prática de crimes ambientais diversos, seja captura de animais em época de defeso (caranguejo e peixe) e extração de madeira ilícita. Mais de 7,5 toneladas de peixes e palmito foram apreendidas e doadas a entidades beneficentes de Belém. No último dia 25, o Ibama participou da apreensão de 130 Kg de mantas de pirarucu em pescados no período de defeso. O produto estava em um barco ancorado no bairro do Jurunas, em Belém. Na ocasião, mais 130 quilos de cocaína também eram transportados na mesma embarcação.

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