quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Geraldo Araújo fala em apego ao cargo

No AMAZÔNIA:

O secretário Geraldo Araújo definiu a postura do ex-diretor geral do CPC Renato Chaves como a de alguém que 'tem apego ao cargo'.
'O cargo não é dele (do ex-diretor Miguel Wanzeller), não é meu. O cargo pertence à governadora, que tem mandato conferido pelo povo', disse o secretário. E acrescentou: 'Amanhã esse secretário que está falando com você pode não ser mais o secretário. Basta a governadora decidir. Então não tem esse apego ao cargo, que é o que me parece que está querendo ter. Como se o cargo fosse uma propriedade, um feudo dele, não é. O cargo é do Estado'.
Geraldo Araújo ainda comentou a insinuação feita por Miguel Wanzeller, sobre a possível alteração de laudos.
'Não é uma forma correta e nem republicana de agir. Ele vai ter que confirmar isso. Ele está insinuando que há manipulação de laudo, é isso? Mas ele foi o diretor do CPC Renato Chaves durante dois anos. Como é que ele compactuava com isso? Será que a Polícia Civil pega um laudo pronto e acabado e manipula os dados lá dentro? Isso é falsidade ideológica. O Renato Chaves tem a cópia do laudo, que pode ser confrontado. Então, ele vai ter que demonstrar isso. Agora, volto a insistir. Depois de dois anos como diretor ele vem com essas aleivosias? Vai ter que confirmar', acrescentou o titular da Segup.
Segundo o secretário Geraldo Araújo, 'não é só alegar. Você tem que fazer a declaração responsável. Você não pode sair atirando assim. Por que atirou agora? Quando ele foi nomeado diretor, ele não escolheu as pessoas que ele confiava para gerir os postos? Por que esse apego, essa dependência ao cargo dele agora? Não estou entendendo', completou.
Caso Abaeté - O secretário também comentou as declarações do ex-diretor sobre o caso Abaetetuba.
'Primeiro, o Wanzeller não tem nada a ver com isso. Segundo: a parte criminal, há muito tempo está no Poder Judiciário, que é o foro competente. A parte administrativa sofreu um atraso que, através da mídia, toda a sociedade paraense sabe, porque havia a dificuldade em se ouvir a adolescente. Quero crer que está na conclusão agora, embora isso não seja da alçada dele. O que o Wanzeller tem a ver com Abaetetuba?', afirmou.

Exonerado cria 'Factóides', diz secretário
O secretário de Segurança, Geraldo Araújo, também falou sobre a Polícia Federal dar proteção ao ex-diretor do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, Miguel Wanzeller.
'Isso é factóide (declaração para criar impacto na imprensa). Primeiro que Polícia Federal não pode dar proteção a ele, que não se enquadra no perfil de proteção da PF, que é o caso de deputados federais, senadores, chefe de poderes. Então ele vai ter que contar com a proteção dele mesmo e de Deus para ajudá-lo', afirmou o secretário de Segurança.
Em relação às declarações contra o novo diretor do Renato Chaves, Humberto Sena, Geraldo Araújo, disse: 'Olha, estou sabendo agora, por intermédio de informação dele (Miguel Wanzeller). O último relatório que a Auditoria Geral do Estado fez sobre a gestão do doutor Wanzeller tem uma série de ressalvas. Qual o caminho para isso? Apurar', afirmou.
Ele ressalvou não se lembrar quais são essas ressalvas. 'Ressalvas na gestão dele. Pode ser ele, pode ser outro. Por que precisa apurar? Para esclarecer de quem é a responsabilidade'.
Desequilíbrio - O secretário avaliou as declarações do ex-diretor 'como uma infelicidade dele, um desequilíbrio momentâneo. Espero que ele se recupere, que encontre o caminho dele. É um profissional de carreira. O cargo não é dele, não é meu, cargo pertence à governadora, que tem mandato conferido pelo povo'.
E completou: 'Que o doutor Wanzeller seja feliz. Ele é perito, é funcionário do Estado. E o Estado precisa dele, assim como, imagino eu, ele precisa do Estado'.
Geraldo Araújo também falou sobre a orientação para o novo diretor do Renato Chaves. 'Que não haja perseguição, que apure o que tiver que apurar. Já conversei hoje com o doutor Sena (Humberto Sena) sobre isso. Uma atuação transparente e republicana. Mas sobretudo que não haja perseguição a ninguém e nem proteção', afirmou.

Um comentário:

Anônimo disse...

O cara em vez de malhar o ex-diretor deveria é apurar a denúncia, de ofício. Cadê o Ministério Público?