No AMAZÔNIA:
Centenas de pessoas acompanharam o velório e o enterro de Gilberto Felipe Barbosa Neto, assassinado no dia 19, durante um assalto no bairro da Cremação. O corpo do adolescente de 17 anos foi velado em uma das capelas da Beneficente Portuguesa, depois seguiu para o cemitério Recanto da Saudade, em Ananindeua, durante a tarde de ontem.
Entre os amigos e familiares do estudante morto, a pergunta mais freqüente era: 'por que atirar em uma vítima que sequer reagiu ao assalto?'. Os depoimentos das outras três vítimas do roubo, amigos de Gilberto que também estavam a caminho de uma arena de futebol, confirmam que o adolescente se limitou a obedecer às ordens dos dois bandidos, que, montados em uma motocicleta, os abordaram para roubar aparelhos celulares e cerca de R$ 10 em dinheiro. O depoimento de testemunhas apenas reforçou a tese de que o disparo de um dos assaltantes, na direção da barriga da vítima, foi sem motivo aparente.
'É até difícil de acreditar no que aconteceu. Ele nunca foi agressivo, nem briguento; não bebe, nem fuma. É tímido, estudioso e um aluno exemplar. Não é do tipo que reagiria a um assalto', diz Larissa Pereira, de 17 anos que estudou com Gilberto desde o pré-escolar. Vários outros colegas e parentes do adolescente, inclusive sua irmã mais velha e seu pai, lotaram a capela durante a tarde de ontem, mas poucos queriam falar sobre o assunto. O número de pessoas era tão grande que a avenida Dom Romualdo de Seixas, onde é localizada a capela, ficou engarrafada até que saísse o cortejo fúnebre em direção ao cemitério, na rodovia BR-316, por volta das 15h30.
Gilberto ficou internado durante 17 dias, mas não resistiu aos ferimentos no baço e no intestino, mesmo após a realização de cirurgia. No dia 27 do mês passado foram indiciados dois suspeitos de cometer o crime; Ademilton Lourenço Padre e Thiago Adriano Santos Pires. Ambos são conhecidos por praticar assaltos em bairros próximos, inclusive na Cremação, mas continuam foragidos.
3 comentários:
Não conhecia o Gilberto, mas fiquei indignada com o que aconteceu.
Até quando teremos que conviver com tanta violência? Até quando teremos que viver subordinados à tanta criminalidade?
Deixo meu pesar à família do rapaz. E como mãe, peço à Deus que conforte a todos, especialmente a mãezinha dele, que, com certeza, está sofrendo muito.
Marilena Miranda Tavares
Marilene,
Infelizmente, a dor da violência nos aproxima a todos, inclusive os que não nos conhecemos pessoalmente.
A violência que abateu o rapaz merece mesmo a repulsa geral.
Abs.
O conhecia desde pequena , a dor é grande , pois não temos mais segurança , mais creio que a justiça de Deus chegará , e a Eternidade do lado de jesus chegou pro meu amigo.
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