sexta-feira, 18 de julho de 2008

Assassinado com facada no olho


No AMAZÔNIA:

O ex-presidiário Edson da Graça Castro Ferreira, de 33 anos, foi assassinado a golpes de faca, ontem, no bairro da Terra Firme. A arma do crime ficou encravada no olho direito dele. O homicídio ocorreu no início da tarde, na passagem Nossa Senhora das Graças, próximo à rua 24 de Dezembro. Duas guarnições da 11ª Zona de Policiamento, cuja base é na Seccional do Guamá , que estiveram no local não conseguiram informações sobre as circunstâncias do homicídio. Como em tanto outros bairros de Belém, praveleceu a lei do silêncio entre os moradores. Ninguém viu e nem ouviu nada.
Em primeira análise, já que o levantamento detalhado seria feito no Instituto Médico Legal (IML), os policiais da 11ª Zpol encontraram três perfurações de faca. Além da aplicada no olho, havia ferimentos no peito e no braço da vítima, provavelmente quando ele tentou se defender dos golpes.
Sob o comando do sargento Milton, os militares chegaram ao cenário do homicídio por volta das 12h40. Eles já encontraram uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Mas os profissionais não puderam fazer muita coisa. Edson, que era conhecido como 'Graça', morreu na hora.
Mudança- Sentado perto do corpo de Edson, o marceneiro Otávio Lima Ferreira, 53 anos, também disse nada saber sobre a morte do mais velho de seus sete filhos. Ele lembrou que, há pouco tempo, Edson foi morar no bairro Jibóia Branca, no município de Ananindeua, onde trabalhava com a mãe em um mercadinho. Dizendo que faria umas cobranças para a mãe, ele chegou à casa do pai, localizada relativamente perto do local do crime, na Terra Firme. Após o almoço, Edson montou em sua bicicleta e foi embora.
Dez minutos depois, Otávio recebeu a notícia da morte do filho. No local, o pai não conseguiu nenhuma informação sobre o autor (ou autores) do assassinato e muito menos sobre sua provável motivação. Ele confirmou que, pela prática de roubo, Edson passou uma temporada na cadeia, de onde havia saído há seis meses. Um outro irmão da vítima, que não se identificou, disse que Edson ficou quatro anos e quatro meses recolhido ao Presídio Estadual Metropolitano (PEM), no município de Marituba.
Sem entrar em detalhes, Otávio comentou que aquela não era a primeira vez que Edson havia sido preso. Se estava sendo ameaçado por alguém, ou jurado de morte, o filho nada comentou com o pai. 'Ele era fechado. Não era de falar muito', disse. O pai não sabia onde estavam o celular, o relógio e a bicicleta do Edson, que é pai de um filho pequeno. Mas havia a informação de que um morador guardara a bicicleta. Quanto aos outros objetos, porém, ninguém sabia dizer.
Além da perda do filho, Otávio também se queixou de que, primeiro, foi à Delegacia da Terra Firme, para registrar o Boletim de Ocorrência. Segundo ele, não havia escrivão. Ele, então, teve que ir à Seccional do Guamá, cujos policiais de plantão solicitaram o levantamento de local de crime e a remoção do corpo para o IML. No entanto, Otávio não conseguiu comunicar oficialmente a morte do filho - foi informado que o sistema estava fora de ar. Ele teria que retornar depois para fazer o registro policial.
Os policiais militares da 11ª Zpol, que estavam em duas viaturas, a 2162 e a 2163, isolaram a área do homicídio, esperando a chegada dos peritos do Instituto de Criminalística, do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves. Às 15 horas, os militares continuavam aguardando a chegada dos peritos.

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