Acompanhe aí embaixo esse diálogo entre Gilberto Carvalho, chefe de gabinete da Presidência da República, e o ex-deputado federal do PT Luiz Eduardo Greenhalgh. Carvalho se compromete a "levantar isso daí" com o diretor-geral da PF, Luiz Fernando Correa.
Greenhalgh: Alô...
MNI: Luiz Eduardo Greenhalgh?
Greenhalgh: Sim...
MNI: É o Senhor Gilberto só um momento.
Gilberto: Luiz?
Greenhalgh: Oi...
Gilberto: O general me deu o retorno agora... é o seguinte não há nenhuma pessoa designada na Presidência...na Abin...com esse nome, a placa do carro não existe é fria, tá? Eles aqui acham que a única alternativa é que tenha sido caso de falsificarem documento...eles não consideram possível que seja da Abin, eu não falei com o Luiz Fernando ainda, mas não tem jeito... a Polícia Federal não usa a PM, eles não se misturam de jeito nenhum, ta... então eu acho que o mais provável é que o cara tava armando mesmo alguma coisa... mas com documento falso que também no Rio é muito comum, porque daqui não tem, eu pedi, insisti, fiz com o máximo cuidado tal.
Greenhalgh: Deixa eu te falar uma coisa. Tá ouvindo o grito da menina?
Gilberto: O grito da vida.
Greenhalgh: Isso é o grito da vida realmente, linda, mas deixa eu te falar seria bom dar um toque no Luiz Fernando também hein?
Gilberto: Eu vou dá, eu vou dá, amanhã cedo eu tenho que falar com ele vou levantar isso dai também.
Greenhalgh: Tem um delegado chamado Protógenes Queiroz que parece que é um cara meio descontrolado.
Gilberto: Ele tá onde o Protógenes agora?
Greenhalgh: Ai, tá aí em Brasília.
Gilberto: Ah aqui em Brasília.
Greenhalgh: É o que saiu na Folha na matéria da Andrea Michael. Mas eu tô indo amanhã pra a reunião do diretório.
Gilberto: Eu te vejo lá, eu to indo no diretório também.
Greenhalgh: Legal...
Gilberto: Que hora que tá marcada mesmo a reunião?
Greenhalgh: Nove horas.
Gilberto: Tá. Eu vejo você lá.
Greenhalgh: Grande abraço.
Gilberto: Valeu Luiz...
Greenhalgh: Obrigado.
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O diálogo integra nada menos de 7 mil páginas de grampos telefônicos colhidos pela Operação Satiagraha, que botou na cadeia
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