Em O ESTADO DE S.PAULO:
O escritor britânico de ficção científica Arthur C. Clarke morreu ontem de complicações respiratórias, em Colombo, no Sri Lanka, por volta das 17 horas (horário de Brasília). Ele tinha 90 anos e, desde a década de 60, lutava contra uma síndrome pós-pólio - doença que debilita e afeta pessoas que já tiveram poliomielite. O autor chegou a ser obrigado a usar cadeira de rodas para se locomover.
Em 1968, ele escreveu o livro 2001, Uma Odisséia no Espaço, e auxiliou Stanley Kubrick na produção do filme homônimo. Publicou mais de cem livros.
Graduado em física e matemática pelo King’s College de Londres, Clarke atuou como tenente da Real Força Aérea Britânica e trabalhou como instrumentista de rádio antes de se dedicar integralmente à escrita. Ganhou respeito entre cientistas após ter escrito, ainda na década de 40, o famoso artigo em que propunha o uso de satélites em telecomunicações. Como reconhecimento às suas contribuições científicas, hoje, a órbita geoestacionária a 36 mil quilômetros acima do Equador é conhecida como órbita de Clarke.
Na televisão, Clarke trabalhou na cobertura feita pelo canal americano CBS das missões espaciais Apollo 12 e 18. Em 1981, ele também teve sua própria série televisiva com 13 capítulos: O Misterioso Mundo de Arthur Clarke, retransmitida em vários países do mundo. Em 1984, também foi protagonista da série O Mundo de Estranhos Poderes de Arthur Clarke.
O escritor mudou-se para o Sri Lanka em 1956 porque gostava de mergulhar. Para ele, era o mais próximo que conseguia chegar da sensação de ausência de peso experimentada no espaço. “Algumas vezes me perguntam como eu gostaria de ser lembrado”, disse recentemente. “Atuei como escritor, mergulhador e promotor das pesquisas espaciais. Preferiria ser lembrado como escritor.”
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