quinta-feira, 13 de maio de 2021

Reação contundente de Aras é obstáculo para convite de CPI a membros do MP. Inclusive Gilberto Martins.

Gilberto Martins: na expectativa de ser chamado - ou não - para comparecer à CPI da Pandemia
A reação contundente do procurador-geral da República, Augusto Aras, à anunciada pretensão de membros da CPI de convocar membros do MP para falarem na Comissão na condição de informantes, pode ser fatal às pretensões de bolsonaristas de ouvir, entre outros, o ex-chefe do MP do Pará Gilberto Martins.
Na manhã desta quinta (13), Aras enviou aos integrantes da CPI da Covid no Senado uma mensagem afirmando que um "convite" para que a subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo compareça ao colegiado seria "uma afronta ao Ministério Público, sem precedentes na história do país".
“Se Lindôra (Araújo) for convocada, será uma afronta ao Ministério Público sem precedentes na história do Brasil. O Supremo, membros do Ministério Público e juízes serem convocados a prestar depoimento sobre a atividade-fim não pode, disse o relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), sobre a mensagem do PGR.
Braço direito do chefe do Ministério Público Federal, Lindôra é responsável por coordenar investigações que envolvam autoridades com prerrogativa de foro no Superior Tribunal de Justiça, como governadores, entre eles o do Pará, Helder Barbalho, alvo de operações da Polícia Federal ocorridas no ano passado, a pedido da subprocuradora e autorizadas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Como o Espaço Aberto já informou no dia 29 de outubro, o jornal O Estado de S.Paulo revelou que o promotor de Justiça Gilberto Valente Martins pode ser convidado para falar na CPI sobre o repasse de verbas federais transferidas para o estado do Pará combater a pandemia. O requerimento já foi apresentado pelo senador Jorginho Mello.
Martins, como se sabe, terminou sua gestão na condição de arquiinimigo do governo do estado, após propor uma ação de improbidade contra Helder e mais nove pessoas, por alegadas irregularidades na aquisição de 1.600 bombas de infusão, no valor de R$ 8,4 milhões, para o combate à pandemia do coronavírus. O promotor também ajuizou ação contra o governador pela compra de respiradores imprestáveis.

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